Critica da Liberdade-abstracta N°10 - C

      E em nome da liberdade juridica ( da liberdade formal exigida pela <<livre contrato >> ) que a burguesia concebe o seu Estado, a sua democracia, a sua liberdade politica.

      << Ela vê no Estado o grande organismo, no qual a sua liberdade juridica, moral, politica, pode encontrar a sua realização e, onde o cidadão particular não obedece ( nas leis do Estado ) senão às leis da sua propria razão, de Razão humana >>. (Rheinische Zeitung -- 14 deJulho de 1842 ).

      Eis onde reside a mais elevada ideia dum Estado democratico burgues.

      Vê-se que, na suposição, exige a " emancipação politica "; seja, a " revolução politica ". Ou seja ainda, << a desintegração da velha sociedade, sobre a qual repousava o Estado estrangeiro ao Povo >>. ( Questão Judaica ). Esta Revolução, foi a Revolução da sociedade burguesa contra a sociedade feudal.

      Toda a revolução é, à vez, politica e social.

     Enquanto ela acabou pela dissolução da Sociedade-feudal, a Revolução politica foi ( igualmente ) social. Mas,o seu conteudo social não ultrapassou o significado politico; o novo Estado ( saido da Revolução politica ) é uma democracia politica, fundada sobre o postulado da liberdade juridica -- da ficção juridica da liberdade e do livre contrato. Não podia ter outro conteudo social; logo, num sentido, portanto não poderia ser senão uma ficção e um conjunto de ficções juridicas! 

 

( a continuar na proxima Segunda-feira, dia 23 de Abril de 2012, em " N° 10 - D " ).

 

Outras das nossas publicações, em:

1) http://filosofiaxauteriana.wordpress.com

2) http://polemicando.over-blog.com    ou    www.polemicando.net

   

     

publicado por filosofia-xauteriana às 01:07 | favorito