30
Dez 11
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Dez 11

...

      Estabelecendo o balanço do hegelianismo, Marx escreveu:

      E talvez o momento e o lugar... de dar algumas indicações sobre a dialectica de Hegel e a sua aplicação à fenomenologia... Ao conservar a negação das negações, Hegel encontrou a expressão abstracta, logica, especulativa, do movimento da Historia.

      ( em " Manuscrito Economico-Filosofico " de 1844 ).

 

      Em seguida, Marx resume a fenomenologia do espirito e liberta o movimento; ele vai da simples " consciencia " ( espontanea: certeza sensivel, percepção ) à " consciencia de si ", que atinge a verdade e a certeza de si-mesmo, atravessando diversos momentos -- e, primeiramente:

      1) Independencia e dependencia da consciencia de si, " Senhores e Escravos ".

      2) Liberdade da consciencia de si. Estoicismo, Ceptismo, Consciencia Infeliz.

 

      Depois destas tentativas decepcionantes mas necessarias da Liberdade, a consciencia enriquecida por sua propria ultrapassagem ( pela negação ) regressa para o seu conteudo objectivo ( para o conhecimento ) e torna-se Razão:

      a) Razão observadora...

      b) Realização ( por ela propria ) da consciencia de si racional...

      c) Individualidade real em si e por si, que atravessa ainda, segundo Hegel, os momentos da Moralidade, do Estado, da Religião, antes de se elevar para " o saber absoluto ".

 

 

 ( a continuar na proxima Segunda-feira, dia 2 de Janeiro de 2012, em " N° 10 " ).

 

 

      VOTOS DUM OPTIMO ANO NOVO!!!

 

 

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28
Dez 11
28
Dez 11

Ora vejamos, agora...N° 8

      << A Liberdade >> em geral, não existe; existem, sim, "graus" de liberdade -- das actividades mais ou menos livres  dos homens!

      Cada grau se determina e se define como um momento na formação do Homem verdadeiramente livre, consciente de si e conhecendo a natureza.

      Nos homens, não se trata de ser livre ou não-livre. O Homem so se torna livre, antes de tudo, pelo conhecimento!

      No seu proprio futuro, ele atravessa e ultrapassa << momentos >> -- étapes ou estados, figuras momentaneas do seu desenvolvimento. Todo o momento é determinado; logo, limitado. Assim, revela-se, em seguida, como um limite da Liberdade: negada e que prosseguira a negar e a ultrapassar. Cada um destes momentos, portanto, revela-se como uma " alienação " da Liberdade; ora, não sendo a Liberdade obtida enquanto jà feita, é preciso formar-se e afirmar-se, atravessando estas formas provisorias ( das quais nenhuma é inutil ) -- em cada passagem para um grau superior, todo o conteudo objectivo do momento ultrapassado, encontra-se elevado para um grau superior.

      Quem diz << ultrapassagem >> e << negação da negação >>, diz eliminação e destruição da forma, do limite -- ora, ao mesmo tempo, << elevação >> do conteudo, da "determinação" concreta, para novo grau da plena e inteira Liberdade que, assim, se determina ( ela mesma ) progressivamente.

      Os graus superiores são, em cada vez, mais e mais determinados: seja, de maior para maior liberdade...

      No terminus do futuro, encontra-se o ser plenamente livre, contendo e resumindo em si todo o desenvolvimento.

      Fundado sobre este desenvolvimento, existira em concreto e possuira ( nele ) a sua propria essencia: o conhecimento, a consciencia de si. Sera, como diz Hegel ( na sua linguagem ainda metafisica e abstracta ): << Em e para si >> à vez -- o que significa: sem ter saido de si ( na sua actividade ) reuniu-se sobre todas as formas negadas e ultrapassadas da << alienação >>.

 

  ( a continuar na proxima Sexta-feira, dia 30 de Dezembro de 2011, em " N° 9 " )

 

 

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25
Dez 11
25
Dez 11

Ora vejamos, agora...N° 7

       POR CONSEGUINTE:

 

      1) A dialectica hegeliana << relativisa >> o problema da Liberdade. Seja: com efeito ( e ainda que Hegel não tenha tido uma visão clara ) extrai da metafisica, para o pensamento que a coloca fora do tempo, fora dos momentos e das condições historicas, no abstracto e << absoluto >>.

 

      2) Os dois termos do dilema absoluto e abstracto são igualmente verdadeiros e igualmente falsos.

          " Num sentido ", na Historia, tudo esta determinado; cada momento, e a propria suicessão dos momentos, tanto o nascimento como a desaparição, estão submetidos a uma necessidade profunda.

          " Mas, noutro sentido ", tudo esta livre na Historia, visto que ela não é outra coisa que o futuro do conhecimento e da Liberdade: a produção ( por ele mesmo ) do Homem consciente e livre -- Hegel diz: << do Espirito ou da Ideia >>.

          Os dois termos do dilema, tomados na sua relatividade e na sua unidade, aparecem não apenas como solidarios mas, tambem, como indissoluveis. Toda a liberdade esta determinada e determinada enquanto tal. Toda a determinação, toda a realidade " conhecida ",  funda uma certa liberdade."

 

      3) Em lugar da << Liberdade >> em geral, a dialectica considera ( portanto ), antes as " Liberdades " : os momentos, os aspectos da Liberdade humana.

      O << problema >> geral diferencia-se, especifica-se em problemas concretos, que serão ( por exemplo: ) o da liberdade no pensamento e na ciencia -- o da liberdade politica, etc.

      Aliaz, estas liberdades não podem separar-se, considerarem-se isoladamente no exterior da unidade da consciencia e do Homem.

 

   ( a continuar na proxima Quarta-feira, dia 28 de Dezembro de 2011, em " N° 8 " ).

 

 

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22
Dez 11
22
Dez 11

Vejamos agora...N°6

      Vimos acerca do Estoicismo: " A Independencia é sempre uma ilusão ".

      Acontece o mesmo, para a consciencia cristã. 

      Note-se que o cristianismo ultrapassa o judaismo, limitado à submissão à lei divina -- enquanto ela propria sendo lei.

      O cristianismo centra-se num deus menos inacessivel e menos duro do que Jeovà -- uma simples figura da Lei. Porem, acontece-lhe pior. Quere separar-se da vida carnal, mas não pode! Então, vive no pavor desta carne repulsiva, na obsecação do pecado. A sua procura de pureza transforma-se na total perca de inocencia e da espontaniedade -- em impureza doentia.

      Esta Liberdade não vai ( ainda ) alem duma "consciencia-infeliz", dividida contra ela propria, alienada, ironicamente transformada pelo futuro: naquilo que ela não queria ser!

      Eis a Fenomenologia do Espirito mostrando ( como todas as teses sobre a Liberdade ) como todas as formas da Liberdade voltaram ( num determinado momento historico )  ao seu lugar no desenvolvimento da consciencia.

     

      A dialectica hegeliana responde a esta procura abstracta, ao mostrar a determinação interna e o futuro nascendo de qualquer Liberdade -- tanto na sua noção como na propria realidade vivida.

      Consequentemente, se colocarmos o << problema >> duma escolha entre a Liberdade absoluta e o determinismo absoluto, não encontraremos senão um caso particular de << consciencia infeliz >> -- dividida nela mesma, sem se reunir ( nos seus momentos como nos seus elementos ) e, portanto, perdendo-se no exterior da sua propria vida concreta, na deriva de multiplas abstracções.

 

  ( a continuar na proxima Segunda-feira, dia 26 de Dezembro de 2011, em " N° 7 " ).

 

 

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20
Dez 11
20
Dez 11

Ora vejamos, agora...N°5

      Fechada em si mesma, independente de todo objecto, a consciencia estoiciana encontra a liberdade -- mas, na forma duma indiferença infinita. Para mais, ao separar-se das coisas e do conhecimento das coisas, puramente negativa e, sobretudo, fixada nesta << negação >>, a consciencia-de-si dos estoicianos transforma-se em " ceptismo ".

      Portanto, pretendendo atingir a serenidade, ela não encontra senão a impacibilidade e a indiferença-morta. Desejando pssuir a certeza de si, ela alimenta o contrario da certeza, o contrario dela mesma: a consciencia ceptica que nega o valor da sua relação com os objectos, o conhecimento.

      Assim, a liberdade do estoicismo não é mais do que uma consciencia-"infeliz": dividida contra ela propria, determinada ao ser, transformada em << outro >> por um futuro necessario e, portanto, entregue a uma << alienação >> nova, mais forte do que aquela donde ele pretendeu libertar-se.

      Consequentemente, temos sempre a independencia enquanto apenas ilusão!

      Acontece o mesmo com a consciencia cristã.

 

  (na proxima Sexta-feira, dia 23 de Dezembro de 2011, veremos como, em " N° 6 " ).

 

 

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19
Dez 11
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Dez 11

Vejamos...N°4

       O homem-<<livre>>, com uma liberdade fundamentada sobre o servilismo de outros homens, encontra-se arrastado para o futuro-determinado, necessariamente incluido nesta liberdade-determinada. Estrangulado pelos limites estreitos da sua liberdade -- é o futuro dos homens que rompe e ruina o " Senhor ". Este movimento é dialectico.

      Apenas a analise da sua relação ( Senhor/Escravo ) , da sua unidade ( " Senhor ") conduziria à situação exacta  do " Senhor ". Ora, a partir do relatorio, dialecticamente surge como necessaria a viragem de situação. A Liberdade do " Senhor " inscreve na sua propria lei o seu proprio fim! Enquanto determinada, ficava determinada a desaparecer.

                                              ------------------------- // -------------------------

 

      AGORA VEJAMOS, AINDA MAIS: " A Liberdade do Estoicismo " ( segundo " Fenomenologia " paginas 179 - 188, por Hegel )

 

      O estoiciano se outorga alforria, desembaraçando-se de quanto não depende dele -- o que significa, libertando-se do mundo. Constitui-se, a sua consciencia, nesta separação com um mundo àparte -- um reino ( inteiramente ) interior, que domina a sua Razão. Por este movimento, o estoicianismo cria um vasio; separa-se de todo o interesse vivo, tanto pelos objectos como pelos seres, cujo conjunto faz parte do mundo. Ele vai procurar certezas e segurança fora de qualquer ligação com os outros seres humanos; ao mesmo tempo, recusa a << alienação >> do desejo, da paixão; recusa não apenas a ambição e a riqueza, mas tambem o amor -- e, para concluir, o proprio conhecimento ( Gnose, Saber ).

 

 

    ( a continuar na proxima quarta-feira, dia 21 de Dezmbro de 2011, em N° 5 " ).

 

 

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15
Dez 11
15
Dez 11

Ora vejamos, agora...N°3

      No binomio: Senhor/Escravo.

      O senhor vê-se obrigado a conservar o escravo, na sua escravidão -- para tal, precisa de o controlar sem relaxe; intimida-lo, obrigando-o a trabalhar; deve ( tambem ) conservar o seu prestigio de "Senhor", fazendo-se passar como pertencente a uma outra especie. Violencias e comedias são necessarias ( ao "Senhor" ) para conservar o seu escravo. Ora, tudo isto não fica exterior à vida do " Senhor": penetra-a, vai determina-la profundamente.

      Neste sentido ( e visto que a sua vida esta determinada pela situação relativa ao seu escravo ), relativamente a si proprio ( a ele, o " Senhor " ) torna-se em escravo do Escravo.

      Atentemos tambem: o " Senhor " encontra-se separado da natureza e do trabalho.

      Desta maneira, o " Senhor " perde todo o contacto com aquilo que mantem o ser humano e que faz dele um homem. Transforma-se num ser não-natural, ficticio. Degenera ( ele ou os seus descendentes ) e a linhagem dos " Senhores " decompõe-se e apodrece. Afastado da pratica ( ou não tendo outra pratica do que aquela que diz respeito a dominar ) torna-se um ignorante, um bruto sem espirito ou, mais simplesmente, num verme-humano.

      O Escravo, pelo contrario ( tendo ficado em contacto com o real, com a natureza, com o trabalho ) não degenera. Adquire conhecimento, experiencia, tecnica! O progresso da sua consciencia e o deploravel espectaculo do " Senhor ", tornam intoleravel a sua escravidão -- a degenerescencia do " Senhor " convence-o de que a sua situação é injustificavel.

      Forçosamente que chegara o dia em que o Escravo estara pronto para recomeçar a luta, no decurso da qual ele principiou ( primitivamente ) enquanto vencido; e ira recomeçar uma luta-à-morte, em condições novas que ( desta vez ) lhe asseguram o sucesso. Seja: surgem FORMAS MAIS ALTAS de CONSCIENCIA E DE LIBERDADE.

 

  ( a continuar na proxima Segunda-feira, dia 19 de Dezembro de 2011, em " N° 4 " ).

 

 

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publicado por filosofia-xauteriana às 23:18 | comentar | favorito
14
Dez 11
14
Dez 11

Ora vejamos... N°2

      Antes de mais, devemos principiar repudiando a noção abstracta dum << determinismo >> mecanico, rigido; e, especialmente, não confundirmos o << determinismo >> com a << determinação >> -- que designa o " em quê " e " por quê " de tudo ser aquilo que é. Não existe << Liberdade >> ilimitada, infinita, absoluta. Toda a consciencia é determinada. Por quê? Pelo seu grau de conhecimento!

      Hegel mostra-nos, em seguida, que todas as teorias ( sobre a Liberdade ) são formas historicas, << momentos >> da consciencia humana -- todos validos, enquanto tais, mas todos ( igualmente ) determinados, limitados e votados a serem ultrapassados pelo futuro.

      Como exemplo, principiemos referindo-nos à Liberdade do << Senhor >>, do possuidor de escravos, descrito e analisado em " Fenomenologia do Espirito " ... ( Marx, na " Santa Familia ", disse que, apesar dos seus excessos especulativos, encontramos nela << em varios pontos, elementos de caracterização real das condições humanas >> ).

      O << Senhor >> acreditando-se independente, é com vaidade que se proclama um << homem livre >>.

      Concretamente, o que significara isto?

      Significa que tendo reduzido ( ele, ou os seus antepassados ) outros homens à escravatura, não esta obrigado às tarefas do " trabalho ".

      Ora, esta ligação com a natureza, esta relação ( activa e necessaria ) que fundamenta a possibilidade de se viver humanamente, o << Senhor >> deixou-a para o escravo -- outorgou-se a alforria desta lei, desta obrigação. Portanto, ele não tem mais ligação ( alguma ) com a natureza -- apenas uma relação << médiat >>; o escravo é o seu meio, o seu instrumento, o intermediario que se interpõe entre ele e a natureza. Assim, é o escravo quem traz ao << Senhor >> ( para que este disfrute ) os frutos do trabalho, assim como os bens arrancados à natureza.

      A este disfrutar ( prazer ) sem contrariedade, o << Senhor >> da-lhe o nome de " a sua Liberdade ". Com efeito, é uma liberdade; uma forma de dominio sobre a natureza -- atravez do escravo.

      Todavia, que se escondera nesta Liberdade?

      Obrigatoriamente, que leva ela até ao << Senhor >>?

      Que " determinações ", escondidas à consciencia do << Senhor >> ( ou semi-escondidas ) estarão implicadas?

 

   ( eis aquilo que iremos vêr, na proxima Sexta-feira, dia 16 de Dezembro de 2011, em " N° 3 " ).

 

 

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12
Dez 11
12
Dez 11

Ora vejamos, agora...

      Se alargarmos a pesquisa sobre a Liberdade, recorrendo à Historia Universal ( e não unicamente à Historia da Filosofia ), ficaremos em frente duma quantidade de conceitos-politicos da Liberdade.

      A Antiguidade conheceu o orgulho e, frequentemente, a grandeza de << homens livres >> que se distinguiam dos escravos -- a tal ponto que, eles recusavam reconhecer aos escravos a classificação de " homens ". Apenas eles ( os << homens livres >> ) eram cidadãos -- e a democracia antiga fundava-se no servilismo duma enorme quantidade de seres humanos.

      Por outro lado, o Mundo-moderno assenta em declarações solenes que se referem à Liberdade de todo o ser humano. Citemos apenas: o << Habeas corpus >>, na Inglaterra; a << Declaração dos Direitos do Homem >>, em França.

      A Filosofia-hegeliana é uma filosofia da Liberdade.

      No cume da sua doutrina, Hegel colocou << o Espirito e a Ideia >>: seja, a mais alta e a mais livre consciencia-de-si.

      Somente, para Hegel, esta consciencia "livre" nunca pode desprender-se e separar-se dum << conteudo >> do qual é a forma e que, assim, a "determina".

      -- Toda a consciencia, todo o espirito é "conhecimento".

      Ora, todo o conhecimento é saber determinado, dum objecto determinado!...

      Portanto, segundo Hegel, todo o ser consciente e livre é, "ao mesmo tempo" determinado. Consequentemente a << liberdade >> e o << determinismo >> não podem se separar e se examinar isoladamente.

      Não fica, portanto, << determinismo >> absoluto, tanto quanto << liberdade >> absoluta.

 

  ( a continuar na proxima Quarta-feira, dia 14 de Dezembro de 2011, em " Ora vejamos N°2 " ).

 

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09
Dez 11
09
Dez 11

Estoicismo e Cristianismo (N° 1 )

      Se recorrermos à Historia da Filosofia, deparamos com uma serie de respostas ( ao << problema >> da Liberdade ), com aparencia precisa; entre estas: a Teoria Estoiciana e a Teoria Cristã.

      O Estoicismo, por exemplo, não se contenta a responder ( ou mesmo a procurar responder ) ao problema-geral sobre a Liberdade -- ele diz o que é preciso fazer para se ser livre.

      Segundo a filosofia e a moral do Estoicismo, é preciso distinguir aquilo que depende, e aquilo que não depende de nos. Aquilo que não depende de nos pertence ao destino, que devemos aceitar e, mesmo, amar como tal. Os nossos desejos e os nossos pensamentos, dependem de nos. O Homem ponderado e livre presta atenção e limita os seus desejos. Os loucos, os << alienados >> desejam aquilo que não depende deles; dependem, portanto, de << outros >> ( e não deles proprios ), indo cair na paixão e na infelicidade. O Homem livre, o Ajuizado, não depende senão de si mesmo, atingindo a << autarcia >> e a serenidade.

 

      Quanto ao Cristianismo, duma maneira parecida, propõe que cada homem deve libertar-se das paixões, dos desejos carnais, a fim de viver para a << alma >> e para a ideia do << alem >>.

      Aqui, assim, a reflexão sobre a morte funda a Liberdade.

      Os eleitos, libertam-se; os homens das trevas, do pecado, do mal ficam prisioneiros do corpo e da tripla << libido >>: libido sciendi, sentiendi, dominandi.

 

      Estes dois conceitos da Liberdade, têm a particulariedade de terem surgido num determinado momento da Historia e que, entretanto, eles propuseram uma solução ao problema do homem: um tipo humano, uma via, um modelo de vida espiritual.

 

     ( a continuar na proxima Segunda-feira, dia 12 de Dezembro de 2011, em " N° 5 " ).

 

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