30
Jan 12
30
Jan 12

Ora vejamos, agora...N°22

      Marx passou da filosofia à critica da filosofia e da religião; em seguida, à economia politica e à critica da economia. Ao mesmo tempo, passou da democracia burguesa avançada para a acção transformadora da sociedade. Correlativamente, transformou a sua visão filosofica, passando do idealismo  objectivo de Hegel para o Materialismo Filosofico e Historico.

      Acerca das Massas-laboriosas, atentemos neste seu seguinte fragmento:

      -- Formou-se uma classe com cadeias radicais, uma classe da sociedade burguesa que não faz parte da sociedade burguesa, uma classe que é a dissolução de todas as classes, uma esfera que tem um caracter universal pelos seus sofrimentos universais, não reivindicando qualquer direito particular, porque não lhe causaram desaforo particular conquanto lhe tenham causado um desaforo absoluto ( uma esfera a que não se pode referir qualquer titulo historico, mas exclusivamente humano ), uma esfera que, por fim, não se pode libertar sem se libertar de todas as outras esferas da sociedade e que, por conseguinte, sem as libertar todas; portanto, que ela seja a perca completa do homem e que não se reconquistara senão reganhando a totalidade do humano!

 

( a continuar na proxima Quarta-feira, dia 1 de Fevereiro de 2012, em " N° 23 " ).

 

 

Paralelamente publicamos outros estudos em:

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A Vossa correspondencia devera ser endereçada para:

 

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27
Jan 12
27
Jan 12

Ora vejamos, agora...N°21

      Da partida duma relação " imediata " com a natureza ( no comunismo primitivo ), o homem elevou-se para a plenitude da consciencia e da Liberdade ( seja, do poder sobre a natureza ), atravez a mediação do processo historico. Visto que este processo era necessario, a ciencia da Historia vira mostrar uma necessidade historica. Cada etape determina-se pelo nivel do poder humano sobre as coisas -- pelo nivel do desenvolvimento das << forças produtivas >>. Mesmo que, entretanto, se trate apenas da propria produção, da sua Liberdade que se forma e se afirma -- quando, esta mesma se vai determinando progressivamente. 

      O idealismo hegeliano vem desaparecendo, a fim de ceder lugar a uma outra teoria mais profundamente dialectica.

      Chegou o momento em que o Marxismo nos trouxe mais realidade, acrescida duma analise mais complexa.

      Esta necessidade historica é entrecortada por crises, saltos, revoluções -- o que implica, tambem, " regressões " parciais ou profundas. Logo, explica porque no regime da propriedade-privada, o homem se empobrece ( enquanto Homem ), enquanto a riqueza cresce.

      Aqui surge a Classe-Trabalhadora, tendo o seu lugar proprio na Dialectica da Liberdade; embora Marx, desde a " Contribuição à Critica da Filosofia do Direito de Hegel " jà tivesse indicado a alienação radical das Massas-laborais e o papel libertador que este elemento vira trazer à Historia, conquanto se apresente radicalmente negativo à sua partida.

 

   ( a continuar na proxima Segunda-feira, dia 30 de Janeiro de 2012, em: " N° 22 " ).

 

Paralelamente, consulte nossas publicações, em:

 

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25
Jan 12
25
Jan 12

Ora vejamos, agora...N°20

      Por aquilo que acabamos de vêr, conclui-se portanto: a Liberdade identifica-se no Comunismo!!!

      Não com o comunismo-grosseiro, primitivo, fundado sobre uma especie de baixa geralisação do desejo de propriedade, sobre uma vontade e uma inveja -- mas, no Comunismo desenvolvido, CIENTIFICO. Karl Marx escreveu:

      -- O Comunismo enquanto que ultrapassagem efectiva da propriedade-privada ( alienação do homem ) sera a apropriação real do ser humano por e para o homem.

      Sera o << regresso consciente, efectuado no interior de toda a riqueza do passado desenvolvimento, do homem em si-mesmo enquanto que homem-social ou, por outras palavras: enquanto que homem humano >>.

      Marx acrescenta que este Comunismo ficara completado por tanto de humanismo como de naturalidade: << é a verdadeira solução para o antagonismo entre o homem e a natureza, entre o homem e o homem ( a verdadeira solução da luta entre a origem e o ser -- a existencia e a essencia ), entre a objectivação e a subjectivação ( afirmação de si ), entre o individuo e a espécie, entre a necessidade e a Liberdade >>.

      Assim, o homem social, a pratica e o Comunismo substituem-se ( portanto ) ao Espirito-hegeliano, à especulação, à pura Consciencia-de-si.

 

   ( a continuar na proxima Quarta-feira, dia 27 de Janeiro de 2012, em: " N° 21 " ).

 

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22
Jan 12
22
Jan 12

Vejamos agora... N° 19

      O conjunto das relações ( activas e praticas ) com a natureza, Marx acabara por denomina-lo " Forças-Productivas ", insistindo sobre o aspecto economico da determinação. Na dialectica da Liberdade, ele insiste sobre o aspecto filosofico. Todo o poder sobre a natureza é auto-criação do homem!

      Ora, infelizmente, sabemos que os poderes do ser humano se voltam contra ele e, assim, transformam-se em " poderes contra ele ". Eis a forma concreta, praticamente sempre vivida na Historia-real da alienação. A riqueza ( a apropriação da natureza pelo homem ) tomou a forma de " propriedade privada " e do dinheiro. O trabalho, tomou a forma da " divisão do trabalho ". A relação das necessidades humanas, tomou a forma de " trocas " e de "mercadoria ". A propriedade-privada, com a industria e o capitalismo, << terminou por apoderar-se do homem >>, pretendendo resultar em << potencia universal >>, reconhecida pela economia-politica e inscrita para a eternidade como direito-unico, religião-dominante, filosofia-suprema.

      Contudo, esta propriedade-privada não é senão a << expressão material e sensivel da vida humana alienada >>, contrafeita pela necessidade e na sua propria manifestação. Esta << alienação economica >> não acontece unicamente na consciencia -- mas, na vida!

      A objectivação real do homem nos bens, riquezas, poderes, transforma-se em dominação sobre ele-proprio ( homem ), como se fossem verdades; mas que so pretendidamente são humanas: falsas realidades, abstracções, ilusões! Os " feitiços economicos " ( o dinheiro ), as " ideologias " ( que Marx e Engels principiam a analisar , alguns meses apos a redacção do " Manuscrito de 1844 ") e as mistificações ideologicas -- << A propriedade-privada não é mais do que a expressão sensivel do facto que o homem se torna objectivo para ele mesmo e, ao mesmo tempo, torna-se um objecto estrangeiro para ele-proprio, como se não fosse humano; sendo, tambem, a manifestação da sua vida a sua propria alucinação-de-vida; ou seja, a sua realização é, tambem, a sua abstracção >>.

      Por conseguinte, << a supressão positiva da propriedade-privada ( enquanto apropriação  da vida humana ) é a supressão positiva de toda e qualquer alienação; logo, o regresso do homem à sua existencia humana...>>

      Sera unicamente pela supressão da propriedade-privada que << o homem produzira o homem  >>, resultando ele-mesmo num outro homem em Liberdade!!!

 

                     ( a continuar na proxima Quarta-feira, dia 25 de Janeiro de 2012, em " N° 20 " ).

 

Paralelamente publicamos tambem:

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2) http://polemicando.over-blog.com    ( aos Domingos )

 

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20
Jan 12
20
Jan 12

Ora vejamos, agora...N°18

      A apropriação pratica dos objectos é, tambem, a apropriação progressiva do homem e das suas proprias potencialidades.

      Jà o corpo e os sentidos, sendo activos, se transformam pela sua actividade.

      -- O homem apropria-se do seu ser universal de modo universal; logo, como homem total. Cada uma das suas relações humanas com o mundo ( vêr, ouvir, cheirar, provar, tocar, pensar, olhar, sentir, querer, agir, amar... seja, todos os orgãos da sua individualidade ) são a apropriação do objecto e a apropriação da realidade humana ( Karl Marx ).

      O olho torna-se humano quando o seu objecto se torna um objecto social e humano, vindo do homem e destinado ao homem. Assim, os sentidos tornam-se << directamente e na pratica, teoricos >>, sentidos transformados, impregnados de vida social, de Razão -- poderes sobre o objecto. Eis, assim, como os objectos sensiveis ( e correlativamente os orgãos sensiveis que se tornaram sociais ) se tornam, para o homem, a realidade humana, << a objectivisação de si, os objectos que manifestam e realizam a sua individualidade >>: portanto, os seus objectos e os seus bens num sentido renovelado e aprofundado deste vocabulo. Por exemplo: a orelha, e a audição cultivada, tornam-se sensibilidade musical -- a musica é um poder humano, uma apropriação humana da natureza, uma realização da Liberdade.

      -- E somente na esplanação objectiva da riqueza do ser humano que a riqueza da materialidade humana subjectiva ( que uma orelha musical, que um olho sensivel à beleza das formas, etc. ) se tornam em sentidos que se manifestam enquanto forças do ser humano ( Karl Marx ).

 

  ( a continuar na proxima Segunda-feira, dia 23 de Janeiro de 2012, em " N° 19 " ).

 

 

Paralelamente publicamos, às terças, quintas e sabados, uma espectrografia do Saber ( gnose ) em: http://filosofiaxauteriana.wordpress.com

 

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17
Jan 12
17
Jan 12

Ora vejamos, agora...N°17

      Marx introduziu " o tempo real " na dialectica da Liberdade.

      O sistema hegeliano, teoria especulativa do futuro, chega a negar o futuro pretendendo encontra-lo por meio duma construção abstracta. No tempo real da Historia, as formas são realmente negadas, dstruidas, eliminadas. E é na acção e na pratica que se separam as formas suprimidas e o conteudo fica elevado a um nivel superior. A Historia, enquanto que " um conjunto de feitos ", retoma ( portanto ) uma realidade que Hegel lhe tinha retirado. Retoma, igualmente, uma realidade mais alta ( enquanto que " ciencia " ), visto que ela visara a religião ou Estado reais, não transcritos ou elaborados pelo pensamento abstracto... O conhecimento  -- o futuro e o progresso do conhecimento são, tambem, arrancados à sua sistematisação abstracta, sem que para tal a Historia e o conhecimento percam a sua relação com o movimento do conjunto da realidade humana; com a teoria filosofica da alienação; tão bem como o metodo dialectico que permite estudar a Historia na sua necessidade, considerando-a inteiramente como uma << fenomenologia >> da Liberdade. 

      A negatividade encontra-se promovida para um grau superior, ou seja: o seu conteudo positivo liberta-se. Porque a Historia transcorre atravez de << negações >> mais profundas, mais radicais do que aquilo que Hegel compreendu: crises, guerras, revoluções. Hegel considerou que é por esta << potencia formidavel do negativo >>  que o homem se eleva acima da natureza, aliaz sem dela poder separar-se.

 

    ( a continuar na proxima Sexta-feira, dia 20 de Janeiro de 2012, em " N° 18 " ).

 

 

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15
Jan 12
15
Jan 12

Ora vejamos, agora...N°16

      O HOMEM TOTAL: é ele quem se afirma, se cria, se produz pelo seu proprio trabalho -- o homem que sofre e que goza, o homem apaixonado, o homem activo pensante e conhecedor.

      A realidade natural restituida ao homem ( a realidade restituida ao objecto e ao produto ) introduzindo uma nova relação do sujeito com o objecto, que transforma a dialectica da Liberdade, elevando-a para um nivel superior. Esta relação é essencialmente" pratica " -- portanto, " social e historica ", como Marx mostrou desde 1884.

      Por consequencia, << o homem que tem reconhecido o direito, a politica, etc., leva uma vida exteriorizada, considera esta vida exteriorizada como sendo a sua verdadeira vida >>. A alienação não é teorica e filosofica! Ela traduz-se na pratica social, na vida real dos homens. E na sua vida que o ser humano se encontra prisioneiro, ou iludido por liberdades enganadoras. Portanto, não pode ser uma questão de conciliar teoria com as formas vividas da alienação.

     Contrariamente, com Hegel, a negação abstracta joga um papel particular. O direito, o Estado, a moral existente, a religião, em vez de serem efectivamente negadas, persistem num ultrapassamento especulativo; bastou-lhe comprender! Assim, o sistema tomou a forma duma hierarquia; duma totalidade que, partindo da logica, terminaria na religião e no saber filosofico -- pretendidamente absoluto.

 

   ( a continuar na proxima Quarta-feira, dia 18 de Janeiro de 2012, em " N° 17 " ).

 

 

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13
Jan 12
13
Jan 12

Vejamos agora... N° 15

      Hegel,<< concebendo o sentido positivo da negação preterida  nela-mesma encontrou o acto pelo qual o Homem se alienia a ele-mesmo, exterioriza o seu ser, como um acto pelo qual ele se recupera nele-mesmo, manifesta o seu ser, se objectivisa e se realiza >>.

      Mas, assim, a exteriorisação-falsa, << alienada >> do Homem, não é mais a materialidade e a objectividade, é a " abstracção ": a abstracção tomada como realidade-em-si, por exemplo na filosofia logico-metafisica -- ou, ainda, naqueles que acreditam no poderio absoluto do dinheiro, no feitiço do dinheiro. Até porque estas duas formas da alienação têm menor diferença do que parecem, à primeira vista.

      O dinheiro, o feitiço-dinheiro é uma abstracção realizada, funcionando como tal na economia-politica e toma os economistas como uma realidade e um poder. Quanto à Logica-formal, neste sentido é << o dinheiro do espirito >>.

      Portanto, Hegel compreendeu a essencia da Liberdade humana: o trabalho, pelo qual o Homem se produziu, se criou, se tornou livre.

      Infelizmente, pelo seu << sistema >>, Hegel reduziu o trabalho humano ao << trabalho espiritual abstracto >>. Ele não considera o ser humano senão como << ser pensante abstracto >>; de tal modo que, paradoxalmente, aquilo que Hegel apresenta como Liberdade absoluta ( o acto espiritual de produzir um sistema filosofico concluido ) resulta numa alienação absoluta -- a exteriorisação absoluta, sobre a qual Marx considerou e reconsiderava o movimento para a Liberdade.

      Agora, por aqui, simultaneamente considera-se " o Homem-total "!

 

   (A continuar na proxima Segunda-feira, dia 16 de Janeiro de 2012, em " N° 16 " ).

 

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11
Jan 12
11
Jan 12

Vejamos agora... N° 14

      -- Suponhamos um ser que não seja objecto e que não tenha objecto... Ele apenas existiria e solitario. Efectivamente, desde que ha objectos fora de mim, desde que eu não existo so, eu sou um outro e sou uma outra realidade que o objecto fora de mim... Sou o seu objecto... Desde que eu tenha um objecto, este objecto tem-me a mim como objecto. Ora, um ser sem objecto é um ser irreal, imaterial, puramente ideal; seja: simplesmente imaginado, uma abstracção. Ser sensivel é o mesmo que dizer "ser real", ser um objecto sensivel e ter objectos sensiveis fora de si... é estar "sofrendo". O Homem, enqunto ser sensivel e objectivo é, portanto, um ser sofredor e, porque ele sente o seu sofrimento, um ser apaixonado. A paixão é a força substancial do homem perseguindo o seu objecto... ( karl Marx ).

      Consequentemente, a tomada de consciencia humana não pode resumir-se num simples regresso a si -- numa << victoria sobre o objecto da consciencia >>. Colocar o objecto como alienação da consciencia e perca da Liberdade, é negar o movimento profundo da realização de si. Primeiramente, porque reduz o homem ai " Eu "; << quando o " Eu " não é senão o homem tomado no sentido abstracto >>; na verdade, << a consciencia de si é, nela propria tudo, sendo outro >>. Portanto, o movimento da sua realização exije uma << objectivação >> e uma << subjectivação >> simultaneas, inseparaveis uma da outra.

       Para Hegel, o erro residiu na confusão da alienação e da objectivação -- um movimento mais material e, por sua vez, mais profundamente dialectico, que atravessa as formas da alienação.

      Atravez destas formas, o Homem actuando cria pelo seu trabalho um mundo objectivo, de " produtos ", originando pela sua actividade uma " sociedade " de " individuos " livres.

 

  ( a continuar na proxima Sexta-feir, dia 13 de Janeiro de 2012, em " N° 15 " ).

 

 

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09
Jan 12
09
Jan 12

Ora vejamos, agora...N°13

      Feuerbach mostrou que << a posição, a afirmação e a manifestação de si-proprio >> não pode ser senão << a posição materialmente certa e fundada sobre ela-mesma >>; e que a abstracção filosofica não é senão << um outro modo de alienação do ser humano >>, ao mesmo titulo que a religião, o Estado, o dinheiro, etc.

      Para Hegel, << a materialidade ( enquanto tal ) passa por uma relação alienada >>; o objecto da consciencia-de-si exteriorisada, arrancada a si -- de tal maneira que, segundo ele, a supressão da alienação e da Liberdade produzem-se como supressão da materialidade e como pura espiritualidade.

      Foi preciso Karl Marx para inverter este movimento.

      Assim, com Marx, iremos vêr que << O Homem é imediatamente um ser natural >> e, como tal, ele tem << objectos reais, sensiveis, enquanto objecto do seu ser >> -- Seja, tem necessidades!

 

   ( Excepcionalmente encurtamos este texto de hoje, a fim de facilitarmos a polemica com os nossos leitores. Prossegiremos, portanto, este interessante capitulo na proxima Quarta-feira, dia 11 de Janeiro de 2012, em " N° 14 " ).

 

 

Sugerimos que complementem, lendo o espectrograma do Saber ( Gnose ) que publicamos em: http://filosofiaxauteriana.wordpress.com

 

 

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