Critica da Liberdade abstracta N° 8 - A
Com os produtores isolados e sendo concorrentes ( entre eles ), nada os teria ligado senão o mercado. No mercado, estabeleceu-se ( exteriormente à vontade destes produtores ) uma << evaluação >> dos seus produtos ( segundo o tempo de trabalho social-medio, que representa ); assim, os seus produtos separavam-se deles, tomavam uma especie de vida-propria, com as suas << leis >> independentes da consciencia e da vontade: as << leis economicas >> do capitalismo.
Em primeiro lugar, a << lei da oferta e da procura >>, arruinando aqueles concorrentes que as flutuações do preço e do mercado não favoreciam.
Que acontece, então?
Os << produtores >> capitalistas não têm consciencia senão da propria << iniciativa >> individual. Vêem a sociedade como um conjunto de iniciativas. Para eles, << normalmente >>, do conjunto das iniciativas deveria sair conjuntamente um interesse-geral, uma harmonia economica e social.
As crises? As falencias? Erros nas iniciativas, consequencia das incapacidades individuais!... Ou, ainda, fenomenos << anormais >>, tais como as doenças ou os fenomenos meteorologicos destrutores. Tal, mostra que nada compreendem do funcionamento real do regimen da produção mercantil, no qual << o conjunto do trabalho social se afirma como a troca-privada de produtos individuais do trabalho >>. Eles não concebem nem as leis-do-valor e da formação-dos-preços ( que emprestam ao sistema uma aparencia de equilibrio e uma estabilidade momentanea ), nem o futuro que, segundo o jogo das suas leis internas, arrasta o sistema para contradições ( cada vez mais profundas ), para crises e para terriveis convulções.
Eis como nasceu a teoria do << Liberalismo economico >>, de harmonia economica espontanea.
A lei suprema da economia seria uma lei de harmonia; e o principio supremo: << Deixai fazer! Deixai passar! >>
Toda a obra economica, de Marx, traduz uma critica positiva, cientifica, à ideologia liberal. Reciprocamente, a falencia do liberalismo ( desde ha um seculo ) é a confirmação experimental!
( a continuar na proxima Segunda-feira, dia 2 de Abril de 2012, em: " N° 8 - B " ).
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