Critica da Liberdade abstracta N° 9 - C
A relação social ( em determinados homens ) reveste-se de fantasia, relativamente às coisas: como nas mercadorias, nas quantidades de dinheiro, nos capitais, etc.
<< Para se encontrar uma analogia precisamos voar até ao mundo religioso. Là, os produtos da cabeça humana parecem dotados de vida propria, parecem ter formas autonomas -- entre eles e com os homens. Acontece algo identico, no mundo das mercadorias. Eis aquilo a que chamo: FEITICISMO... >>
A alienação economica parece-se, portanto, à alienação religiosa.
O processo pelo qual se perde a liberdade-do-homem, alienando-se, auto-destruindo-se, encarcerando-se numa forma limitada e colocando em tal o seu proprio poderio, é o mesmo.
Unica diferença: na religião, são as imagens, os objectos variados e pitorescos, as figuras animadas que se apresentam dotados duma << vida propria >> e que recebem poderes sobre a consciencia e o ser-humano. No feiticismo-economico, a abstracção é muito mais nua, incorporada nos objectos monotonos e feios: moedas, notas, cheques, escrituras...
No requisitorio contra o dinheiro ( que Marx e Engels emprestaram a Shakespear e a Goethe, e podemos vêr no " Manuscrito de 1844 ) não esta senão uma parte desta teoria da alienação-economica -- ela implica uma analise e uma descrição do << automatismo >> do feitiço-economico, ligando-se à analise das suas contradições e, portanto, ao seu desenvolvimento, às suas fronteiras e ao seu desaparecimento.
Num certo sentido, esta teoria permanece enquanto ponto de vista filosofico e tambem cientifico ( economico ), o qual se coloca no " Kapital " ( Tomo I, paginas 57 e 66 ).
Là, Marx escreveu:
-- As tendencias gerais e necessarias do capital deverão distinguirem-se das suas proprias aparencias... As leis que resultam da produção capitalista impõem-se como leis da concorrencia, manifestando-se na consciencia do capitalista-privado como os seus motivos de acção ( " Kapital ", edição alemã, Tomo I, pagina 264 ).
( a continuar na proxima Sexta-feira, dia 13 de Abril de 2012, em: " N° 9 - D " ).
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