Critica da Liberdade abstracta N° 9 - D
Aquilo que o capitalista acredita ser a sua livre iniciativa ( pelos seus << motivos de acção >> ) é, simplesmente, a expressão subjectiva da toda-poderosa realidade objectiva: o Capital. Seja, a aparencia subjectiva do real objectivo.
Este real não é << objectivo >> em si, eternamente; mas, unicamente, nos quadros e nas condições do capitalismo. Não é exterior senão na aparencia -- e, precisamente, porque esconde as aparencias e as ilusões da consciencia. Em si mesmo, não é senão uma forma da actividade humana -- contudo, uma forma desprendida e separada.
Eis como, para Marx, não existem << leis economicas >>, bem como qualquer << determinismo economico >>. As unicas leis-economicas e o unico determinismo-economico ( que ele reconhece ) são as leis-historicas das pseudo-coisas, que se separam da consciencia, da vontade, da liberdade-humana no capitalismo.
Grande parte dos erros sobre o marxismo nasce da ignorancia ( ou do conhecimento insuficiente ) destas teorias fundamentais, pelas quais a economia cientifica ultrapassa ( para nivel muito superior ) a pesquisa e a teoria filosofica ( a teoria da alienação ); portanto, integrando nelas a filosofia-da-liberdade. Votada à desaparição, pelas suas contradições internas ( e não por um qualquer hipotetico destino favoravel ), a Liberdade-abstracta cedera o lugar a um nivel mais alto e mais concreto de Liberdade.
( a continuar na proxima Segunda-feira, dia 16 de Abril de 2012, em " N° 10 - A " ).
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