29
Jun 12
29
Jun 12

CAPITULO III -2° D ( conclui )

      Não tenhamos duvidas: é preciso que alguem seja de muita superficialidade e ligeireza de espirito para se atrever acusar o materialismo-dialectico de eliminar a << subjectividade >>. Pois, pelo contrario, nele triunfa a << subjectividade >>, da consciencia; mas, ( sublinhe-se ) " concretamente " ( não fora do mundo, fora das coisas e dos produtos humanos ): em poderes determinados.

      A afirmação da realidade do objecto implica a mais alta afirmação do sujeito, como poder e liberdade.

      Pelo conhecimento ( nomeadamente pelo estudo cientifico dos produtos da actividade humana ), a consciencia perde um fantasma de liberdade, elevando-se para a Liberdade-real ( concreta ) e torna-se num conjunto de poderes, dentre os quais a determinação ( o conhecimento do objecto determinado ) inclui poder sobre o objecto e, desta maneira, uma liberdade-concreta e um conjunto de liberdades.

      Esta promoção da Liberdade acompanha uma promoção da consciencia e da Razão -- uma promoção decisiva do humano:

      -- O fim da alienação economica e politica anuncia o terminus da alienação dos homens!

 

( a continuar na proxima Quarta-feira, dia 4 de Julho de 2012, em " CAPITULO IV - 1° " ).

EXCLARECIMENTO: durante Julho de 2012, este Blog sera publicado unicamente nas seguintes dias: 4, 11, 18, 25.

 

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27
Jun 12
27
Jun 12

Capitulo III - 2° C

      Jà no tempo em que Marx estudava a " questão judaica " que indicava:

      -- A emancipação humana não se realizara senão quando o homem-individual, real, tera absorvido o cidadão abstracto ( logo que enquanto homem-individual na sua vida empirica, no seu trabalho e nas suas relações individuais, ele se tenha transformado num ser humano generico e que, assim, tenha reconhecido as suas proprias forças, enquanto forças-sociais, e as tera organizado, ele mesmo, como tais ) logo que, por conseguinte, ele não separara mais de si a força-social sob forma de poder politico...

      O homem-individual, submetido aos produtos da sua actividade ( e simultaneamente a outros seres humanos ) fica << privado >> de realidade humana e de meios de realização; a sua liberdade separa-se ( dele ) na forma de liberdade politica, de poder politico e de ficção politica no Estado.

      Dissolver o cidadão no individuo significa que a Liberdade-abstracta, o poder e a soberania fictivos se tornam reais, para o individuo; efectivamente, ele participa à gestão dos produtos, à organização social, à administração das coisas -- mas participando ( primeiramente) ao poder do Estado resulta que ultrapassa esta forma indirecta e ainda exterior do poder. Logo, ele deixa de se opor ( enquanto individuo << privado >> ) à vida-social, às forças-gerais do ser humano, ao universal.

      Portanto, concretamente, << Liberdade >> significa: ultrapassagem da consciencia-infeliz e desfeita, unidade e totalidade dos elementos do homem -- constituição de poderes efectivos sobre a natureza e sobre os produtos humanos, sobre as proprias forças do homem. Resumindo: LIBERDADE SIGNIFICA UM RACIONALISMO MAIS ALTO, UM MAIOR DESENVOLVIMENTO.

      Não se trata mais duma unidade pré-fabricada, nem duma totalidade oferecida; trata-se duma totalidade e duma racionalidade que se elaboram, que se realizam efectiva e praticamente -- com o indispensavel recurso da mais lucida e mais vigilante consciencia.

 

( a continuar Sexta-feira, dia 29 de Junho de 2012, em " CAPITULO III - 2° d " ).

 

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25
Jun 12
25
Jun 12

CAPITULO III -2° b

      Descartes fixou a Razão tanto num objectivo pratico como teorico: conhecer as leis do universo e fundar, là, uma actividade pratica que torne o homem << mestre e possuidor da natureza >>. Nisto, Descartes tinha colocado sobre o seu verdadeiro terreno o problema da Razão e da Liberdade. Mas, o racionalismo cartesiano, limitado pela sua epoca ( pela classe da qual ele era a expressão teorica -- a burguesia ascendente ), não tinha podido prever ( ou mostrar ) que os produtos da actividade humana tomariam tambem a forma das coisas; que os resultados economicos e politicos ( desta actividade ) formariam uma especie de outra << natureza >> à qual viria a colar-se " tambem " a questão do poder e da Liberdade.

       Foi aquilo que Marx compreendeu e fez entrar no pensamento, na ciencia e na acção.

       A moeda implica ( no seu << misterio >> ) a cristalisação do " trabalho " humano numa coisa distinta e exterior; ela implica todo um mundo de produtos ( do mais singelo que poderemos aperceber até ao Aparelho-de-Estado e às mais prestigiosas ideologias ) que funciona fora de mim e fora de << nos >>.

      Compreender este universo jà é restitui-lo à consciencia e à acção; estuda-lo, determina-lo é, jà, retirar-lhe a realidade das coisas dele e vêr nele mesmo: não simples aparencias, ilusões subjectivas que o olhar dissipa -- mas objectos humanos, objectos << para nos >>. A objectividade bruta dissipada cede lugar à realidade dos produtos ( obras jà da acção ) que uma acção mais elevada e mais consciente podera orientar, dirigir, organizar.

      Esta acção tende para " a unidade " dos elementos do homem. Encontra a ligação interrompida ( em aparencia e num sentido ) entre a consciencia e o seu conteudo objectivo ( o homem e as suas condições ), o pensamento e o seu objectivo humano -- a pratica e a teoria, etc...

      Ela tende para a unidade de todos os elementos ( dispersados ) da totalidade humana.

 

( a continuar na proxima Quarta-feira, dia 27 de Junho de 2012, em: " CAPITULO III - 2° c " ).

 

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22
Jun 12
22
Jun 12

Capitulo III - 2° ( a )

      A passagem da Liberdade-abstracta para a Liberdade-concreta ( real ) exige que se và alem da alienação economica e politica.

       Consideremos uma moeda: nada de mais simples, nada de mais familiar. Certo, na aparencia!!!

       Para a imensa maioria das pessoas, numa banal moeda não ha nada a compreender. A moeda esta tão presente, tão simples e claro, com todos os seus atributos, como um vulgar calhau, um martelo, etc.; a << propriedade >> de comprar objectos ou << serviços >> é-lhe tão inerente como ela ser em niquel, em prata, em oiro; como ser redonda ou ter uma marca gravada.

       Portanto, se compro um objecto, se pago os << serviços >> dum domestico ou o salario de um operario, parece que realizo as possibilidades da coisa, os seus poderes intrinsecos.

       Foi necessario o genio de Marx para desvendar, nesta moeda, um << misterio social >>, misterio duma << subtilidade teologica >> escondido tanto pela familiariedade como pela aparencia da coisa em si-mesma.

       Na vida pratica, dos regimens capitalistas, parece não existirem senão relações entre objectos: as moedas ou as notas, ou os cheques -- as mercadorias, etc... A economia politica, mesmo nos grandes representantes ( Smith, Ricardo, etc. aparencia ( o << feiticismo >> ) e dar-lhe o aspecto duma lei-natural.

      Marx revelou, escondida nesta aparencia, as relações humanas, as relações entre individuos humanos nas condições objectivas das suas actividades.

       A mercadoria exprime o laço que se estabeleceu pela mediação do << valor >> entre os produtores isolados -- e o dinheiro torna o elo mais estreito, ao mesmo tempo que mais completamente submete a actividade dos produtores individuais às exigencias dos seus produtos que, fora deles, têm uma especie de vida autonoma: o mercado, com as sua flutuações -- o dinheiro, o credito, etc,... etc...

       Anteriormente, jà vimos isto. O acento tera de ser colocado sobre outro aspecto, essencial, desta teoria.

( eis o que iremos observar a partir de Segunda-feira, dia 25 de Junho de 2012, em " Capitulo III - 2° b " ).

 

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20
Jun 12
20
Jun 12

Capitulo III - 1° b

      Da inter-acção da << subjectivação >> e << objectivação >> resulta o desenvolvimento humano.

      O homem existe mais subjectivamente, existindo mais objectivamente -- como conjunto de poderes, de meios ( instrumentos materiais ou intelectuais ), de produtos ( materiais ou << espirituais >> ).

      Quando Hegel desdenhou o processo objectivo ( o conteudo da consciencia, a objectivação ) para dar metafisicamente a primazia à consciencia-de-si, à negatividade absoluta, ao saber absoluto e à ideia pura, ele traiu a inspiração do seu idealismo objectivo, tendendo para o materialismo. Então a ironia objectiva, fortuita, que ele mesmo mostrara no futuro e a Historia, virou-se contre ele proprio. O sistema da subjectividade torna-se ( precisamente ) o objecto mais morto, mais fechado, o mais << reaccionario >> possivel: o Sistema! Suprimindo o futuro, a invenção e a pequisa, este sistema transmite-se pelo ensino; o Mestre espiritual tem os seus discipulos -- escravos espirituais. A Liberdade subjectiva, que primeiramente parece sustentar o sistema, acaba por suprimi-lo definitivamente!

      Este grande fracasso do idealismo e as lições que Marx daqui tirou ( estendendo a critica da Liberdade-abstracta à liberdade-filosofica e, em seguida, à liberdade politica ), entretanto, ficaram inuteis durante muito tempo.; hoje ainda, continuam procurando o termo do enigma, o segredo da Liberdade-abstracta, nos sistemas metafisicos; discute-se, interminavelmente, sobre ela e acreditam-a seriamente com o rotulo de << livre-arbitrio >> -- consideram a << subjectividade >> isoladamente,  o << eu >>, a << individualidade >>; ou seja, procuram definir a liberdade do individuo fora do tempo e do espaço, fora dos poderes efectivos que lhe são atribuidos pela vida-social e a cultura, nas quais ele vive e donde vive.

      Como se problema da Liberdade, mesmo à escala individual, não fosse um problema " pratico ", historico e social!

      Como se a questão: << Serei livre ? >> não fosse insoluvel, sempre que me considero fora de toda a actividade concreta e determinada!

      Como se a verdadeira questão não fosse: << O que é que eu posso ? >>...

      Tendo consciencia desta questão ( que é a dos meus poderes reais, das minhas possibilidades enquanto ser-humano ) jà estou passando do plano da abstracção realizada e da ficção para o plano dos problemas reais...

( a continuar na Sexta-feira, dia 22 de Junho de 2012, em " Capitulo III - 2°a " ).

 

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18
Jun 12
18
Jun 12

Capitulo III - 1° a

                                  RUMO PARA A LIBERDADE-CONCRETA

 

                             -------------------- // -----------------------------

     

      Para avançarmos para a Liberdade, necessitamos emprender a seguinte tarefa: desembareçarmo-nos da ficção duma Liberdade-abstracta, definida pela independencia da << consciencia de si >> e o não-condicionamento da actividade individual ou social.

      Esta ficção separa os elementos da realidade humana: o homem das suas condições de existencia ( o pensamento do seu objecto e do seu mundo ) a actividade dos seus meios e possibilidades reais -- a consciencia do seu conteudo.

      A tese da independencia-abstracta da consciencia-de-si jà tinha sido criticada por Hegel. Ele mostrou quanta ironia ( a ironia " objectiva " do futuro sendo um dos aspectos da dialectica ) carrega a consciencia que se pretende independente e << livre >>, exactamente para aquilo que ela não pretendia.

      Embora Hegel tenha ( precisamente ) caido em contradição com ele proprio, na ratoeira da subjectividade independente, transcendente à objectividade, negando-a infinitamente e implodindo,  toda a critica da consciencia sem conteudo ou separada do seu conteudo objectivo fica um dos aspectos profundos, correspondendo à vasta experiencia humana, do hegelianismo.

      Marx retomou e aprofundou esta critica -- primeiramente aplicando-a a Hegel e, em seguida, a toda a Filosofia-especulativa, pela qual o filosofo crê tirar da sua consciencia ( da sua cabeça ) o universo.

      Dada a prodigiosa ignorancia e a mà-fé da maior parte das pessoas que falam do marxismo, não devemos recear repetir: Marx e o materialismo-dialectico não eliminam a subjectividade. O materialismo-dialectico constacta que o progresso da consciencia, a sua crescente lucidez ( a << subjectivação >> ) não se seperam dum outro progresso: o do poder humano sobre a natureza, solidario da constituição dum mundo humano de objectos, de produtos da actividade. Não existe sujeito sem objecto -- não ha << subjectivação sem objectivação >>.

 

( a continuar na proxima Quarta-feira, dia 20 de Junho de 2012, em " Capitulo III - 1° b " ).

 

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15
Jun 12
15
Jun 12

Critica da Liberdade-abstracta N° 15 - B ( Conclusão )

      Por motivo duma incompreenção frequente, do conjunto da obra de Marx, e duma insuficiencia ( igualmente frequente ) no emprego do metodo dialectico, os marxistas acreditaram  (frequentemente ) às aparencias apenas ideologicas.

      Ora, é evidente que as aparencias ideologicas seriam faceis a denunciar e a dissipar.

      De facto, as aparencias ideologicas sobrepõem-se, como um degrau superior ( mais envolvido, mais obscuro; por vezes, misturando consciencia-nascente com mistificações-pretendidas ) às aparencias sociais.

      Apenas a teoria das apârencias sociais ( ligada às teorias da alienação e do feiticismo ) explica a profundidade e a populariedade  das ilusões, a dificuldade  e a lentidão da victoria da VERDADE.

      Apenas esta teoria explica como e porquê o regimen mais mecanico, mais opressivo, e o mais esmagador para o homem tem podido ( e ainda pode ) revestir-se com o prestigio da Liberdade ( como a palavra << LIBERDADE >> responde a toda a especie de questões, bastando para dissimular o << misterio social >> do capitalismo ), porque esta palavra tem sido ( e é ainda ) uma especie de palavra-magica, encerrando ( simultaneamente ) todas as ilusões e todas as esperanças!

 

( Na proxima Segunda-feira, dia 18 de Junho de 2012, principiaremos o estudo de << PARA A LIBERDADE CONCRETA >>, sob o titulo de " Capitulo III - 1° " ).

 

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13
Jun 12
13
Jun 12

Critica da Liberdade-abstracta N° 15 - A

      Esta aparencia-de-liberdade, em vez de ser uma aparencia ideologica é, essencialmente, uma " aparencia social "! Traduz-se na ideologia, mas tem fundamento na vida pratica do dia-a-dia: é na vida de todos os dias que o trabalhador discute o montante do salario com o patrão, que aceita a proposta ( se lhe agrada ) ou vai procurar outro trabalho a executar. Eis até onde esta enraizado este processo de alienação!

      A alienação, conceito filosofico e noção cientifica, manifesta-se na vida pratica do dia-a-dia, embora não seja apercebida como tal. Ela não é sentida senão como uma vaga inquietude, na insatisfação, nos fenomenos psicologicos e morais da " consciencia infeliz ". A alienação não aparece evidente, para a consciencia do trabalhador, senão lentamente -- especialmente nos momentos de crise e depois de tentadas todas as experiencias ideologicas ou politicas. Necessario que se quebrem as aparencias.

      Quanto ao capitalista, este recusa-se a admitir.

      Eis porque é preciso uma ciencia que demonstre integrar-se nos conceitos filosoficos. A ciencia economico-social, a sociologia cientifica -- tão dificil como a Fisica ou como a Quimica. Ora, ela não pode entrar na pratica senão lentamente:

1°) fazendo conhecer a verdade, à medida que vai dissipando as miragens das " aparencias ";

2°) dando, pouco a pouco, aos << arquitectos das forças sociais >> o comando efectivo destas forças.

 

( a continuar na proxima Sexta-feira, dia 15 de Junho de 2012, em: " N° 15 - B " ).

 

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11
Jun 12
11
Jun 12

Critica da Liberdade-abstracta N° 14 - E ( conclusão )

      << O salario esconde a relação real, fazendo aparecer o contrario. Ela serve, assim, de base a todos os conceitos juridicos... a todas as ilusões liberais... >>

                                                 --------- // ----------

RESUMO DESTE ARGUMENTO ESSENCIAL:

      O feitiço dinheiro ( a actividade alienada na forma de mercadoria, de valor mercante, de dinheiro e, em seguida, de capital ) dissimula as autenticas relações humanas. O proprio processo da alienação e do feiticismo ( pelo qual o produto se separa da actividade e toma um << valor >> ) esta envolvido e dissimulado, à vez, pelo feitiço economico e o seu funcionamento. Criando, assim, uma aparencia -- a sua propria existencia como feitiço sendo, à vez, uma causa e um efeito desta aparencia.

      Ora, é precisamente quando a alienação economico-social atinge o seu maximo ( quando o dinheiro reina, quando o tempo de trabalho se torna numa mercadoria, e uma mercadoria parcialmente não-paga, produtora de beneficio capitalista... ), então, precisamente, o funcionamento do feitiço economico produz uma vasta aparencia de liberdade.

 

( Atingimos, aqui, o verdadeiro fundo da questão que iremos observar a partir da proxima Quarta-feira, dia 13 de Junho de 2012, em: " N° 15 - A " ).

 

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08
Jun 12
08
Jun 12

Critica da Liberdade-abstracta N° 14 - D

      O trabalho, criador de valor, não tem valor. Unicamente uma mercadoria tem um valor!

      O trabalho, enquanto que atributo dum ser humano, não pode ser separado deste ser humano, nem destacado, nem se alienia! Aquilo que se alienia e se vende é um aspecto separavel do trabalho concreto, é um atributo que se pode destacar do individuo trabalhando, considerar-se abstractamente e realizar-se dentro da abstração feiticista da mercadoria e do valor da mercadoria: a força de trabalho e o tempo de trabalho.

      Entretanto, o capitalista recusa vêr este processo. Ele obstina-se no seu ponto de vista -- no seu pensamento, ele comprou e pagou o trabalho pelo seu justo valor.

      -- Na expressão: valor do trabalho, a ideia de valor não foi unicamente apagada; transformaram-a no seu contrario. Ela é uma expressão tão imaginaria como esta outra: valor da terra. Mas estas expressões imaginarias sairam das proprias condições da produção ( " Kapital, tomo III, pagina 236 ").

      Significam precisamente que o trabalho não tem mais << valor >> humano, não sendo mais do que um << valor >> mercantil: o valor duma mercadoria, na qual conta unicamente a quantidade -- o valor daquilo que não tem valor!

      Assim, o capitalista crê ter comprado o trabalho e jura, pelo seu deus-do-capital, que ele é honesto. Porque não?! Quando, efectivamente é pelo jogo das leis internas do capitalismo que ele comprou e pagou um tempo de trabalho durante o qual o trabalhador produz mais do que o seu salario! Seja: mais valor social e mercantil do que é necessario para manter a sua força de trabalho.

      A ilusão do capitalista é, assim, singularmente agradavel: ele acredita ter recebido do trabalhador, el total << liberdade >>, um produto; isto sem compreender ( e ele recusa-se a compreender!!! ) que extorquiu ( ao trabalhador ) um tempo de trabalho suplementar, uma mais-valia.

      O capitalista paga o salario em dinheiro. Acredita ter trocado << livremente >>, justamente, em completa igualdade, dinheiro contra trabalho.

      -- A forma do salario faz desaparecer a divisão do dia-de-trabalho em: trabalho necessario e em sobre-trabalho, em trabalho-pago e não-pago... Todo o trabalho de escravo apresentava-se como trabalho não-pago. Com o assalariado acontece o inverso: até o sobre-trabalho ou o trabalho não-pago aparece como trabalho-pago.

      E Marx prossegue:

      -- Desta forma, o salario esconde a real relação, fazendo aparecer o contrario. Serve, assim, de base a todos os conceitos juridicos... a todas as ilusões liberais...

 

( a continuar na proxima Segunda-feira, dia 11 de Junho de 2012, em: " N° 14 - E " ).

 

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