25
Jul 12
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Jul 12

CAPITULO V - 2°

      Num dado momento, as liberdades mudam de sentido; as contradições rebentam entre a forma e o novo conteudo; viram-se contra elas-mesmas -- contra a sua forma abstracta e contra o conteudo limitado desta forma. A forma politica mais geral da Liberdade ( a democracia ) percorre necessariamente a mesma Historia e segue o mesmo futuro. A determinada altura, durante o curso duma crise em que as suas contradições explodem, a democracia-politica transforma-se ( ou aborta ); ela vira-se contra a sua forma ultrapassada. A democracia-capitalista, especificamente burguesa, formal, abstracta, fictiva para o Povo ( e de facto dirigida contra ele ), torna-se Democracia-Popular e Trabalhadora, virando-se contra a burguesia capitalista. Num dado momento, um pouco mais de democracia ( algumas medidas politicas verdadeiramente democraticas ) e este salto, esta transformação realiza-se.

      O Novo regimen politico que sai desta transformação recebeu, de Marx e de Engels, o nome de << Ditadura do Proletariado >>.

      Uma etape da acção politica que transforma o Mundo sera, diz o " Manifesto " << a constituição do proletariado em classe dominante, a conquista da democracia >>, e isto no quadro da nação e do Estado nacional, ou seja: os Trabalhadores constituindo-se, assim, em nação, << mas não no sentido da burguesia >>.

      Em seguida << o proletariado servir-se-a do seu dominio politico para arrancar, progressivamente, o capital à burguesia, centralizar os meios de produção nas mãos do seu Estado ( seja, a Classe dos Trabalhadores organizada enquanto classe-dominante ) e desenvolver tão rapidamente quanto possivel as forças de produção >>.

      A << conquista da Democracia >> para e pela Classe Trabalhadora ( e o conjunto dos produtores-reais ) identifica-se ao aprofundar a democracia, com a realização da Democracia que, de abstracta e fictiva, se torna concreta!!!

 

( a continuar na proxima Quarta-feira, dia 1 de Agosto de 2012, em: " CAPITULO V - 3° " ).

 

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18
Jul 12
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Jul 12

Capitulo IV-3° ( conclusão ) e Capitulo V - 1°

CAPITULO IV - 3°:

     

      A analise dialectica mostra para là das aparencias turvas que ameaçam uma estrutura social ou politica, contradições mais claras, mais incisivas que tendem para a boa solução. Que se refira a 1848 ou a 1871, Marx e Engels mostraram como a consciencia das situações se inscreve nas situações; como o conhecimento das contradições e do movimento que as atravessa, pode leva-las para a solução; como a tendencia profunda pode ser combatida ( ou reprimida ) por uma politica reaccionaria.

      O << 18 do Brumario de Louis Bonaparte >> permanece como obra-prima, na literatura politica.

      A eloquencia, a satira, a paixão sustentam, sem deformações, uma analise dialectica rigorosa -- demonstra como e porquê, uma revolução abortada conduziu ao bonapartismo, assim como aqueles que pretendiam defender as liberdades ( sem deixarem de quererem restringi-las ) minam a sua propria posição e deixam lugar livre aos aventureiros.

 

 

CAPITULO V - 1°:

 

      A consciencia e o pensamento não mais pretendem ao isolamento: devem organizar-se!

      Quando individuos isolados atingem uma certa lucidez, ela vira em ironia subjectiva, em cepticismo, em ligeireza-fatalista. Um pensamento verdadeiramente correcto ( fruto do conhecimento da Historia ) não pode ficar no estado de conhecimento-virgem; procura tornar-se uma força, a entrar em contacto com outras forças sociais ( as Massas ) com a finalidade de as animar e bem orientar.

      Noutras palavras: sociologia cientifica significa partido-politico animado pelo conhecimento -- lado pratico entre a ciencia ( descoberta por certos individuos ) e as Massas; logo, " guarda-avançada " das Massas!

      Para levantar o mundo é preciso um ponto de apoio e uma alavanca.

      Onde se situara o ponto de apoio?

      Ele esta na analise cientifica ( dialectica ) das situações!

      E a alavanca?

      Ela so pode ser o partido-politico!

      Ora, em nome da Liberdade-concreta ( real ), para caminharmos para esta liberdade, é indispensavel levantar o mundo -- TRANSFORMA-LO!!!

   

( a continuar na proxima Quarta-feira, dia 25 de Julho de 2012, em " CAPITULO V - 2° " ).

 

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11
Jul 12
11
Jul 12

CAPITULO IV - 2°

      Historicamente, em dado momento, as liberdades estabelecidas pela burguesia viram-se contra ela mesma.

      Neste momento, a palavra << Liberdade >> e as liberdades que lhe correspondem tomam uma ambiguidade colossal. O << duplo-gume >> aumenta. O combate, no periodo de transição, centraliza-se nas liberdades e incide sobre a palavra-de-ordem << Liberdade >>, em condições cambiantes e, geralmente, perigosas.

      A tactica da burguesia, desde ha muito que foi definida pelo propagandista catolico Veuillot: << ela recusa aos seus adversarios, em nome dos seus principios, aquilo que ela reclama em nome dos seus proprios principios >>.

      Então é preciso responder-lhe com uma tactica tão subtil como a que foi definida, tambem desde ha muito, pela celebre formula de Saint-Just: << recusar a Liberdade aos inimigos da Liberdade >> -- entendamos: a liberdade-concreta.

      Num periodo da transição desabrocham, portanto, as contradições da Liberdade ( abstracta ); e, é atravez destas contradições, mediante uma luta feroz ( teorica e pratica, politica e cultural ) que estas contradições se resolvem, operando-se a passagem à Liberdade concreta, que as resolve e ultrapassa.

      No decurso destas transformações, as formas de Liberdade abstracta recebem um conteudo novo. O Estado democratico, o direito de voto, o pensamento e a Imprensa tornam-se a expressão do Povo, da nação e da Liberdade concreta. Apos ter servido a burguesia, apos ter-lhe estado submetidos, eis que se libertam!

      E nas obras politicas de Marx que encontramos as analises magistrais destes periodos. Quem nada compreende à Historia ( pretensos historiadores e propagandistas ) dizem que tais periodos são " turvos " ou " confusos "; tal como aqueles que, vivendo sem compreenderem, repetem: << Não se sabe para onde vamos >>.

      A analise dialectica mostra o contrario!!!

 

( a continuar na proxima Quarta-feira, dia 18 de Julho de 2012, em " CAPITULO IV - 3° " )

 

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04
Jul 12
04
Jul 12

CAPITULO IV - 1°

      Entre a Liberdade-abstracta e a Liberdade-concreta ( real ) existe uma zona de transição.

                                                     ----- // ----

 

      Para o materialismo-dialectico, esta transição não se apresenta de maneira incerta, tal como um simples momento confuso e de indecisão.

      Claro que não ha uma fronteira absoluta, de descontinuidade brusca entre a liberdade-formal e a realização concreta da Liberdade.

      Contudo, a transição determina-se de maneira precisa: é o momento-historico em que a Liberdade-abstracta se ataca a si propria, em que ela se opõe a ela mesma -- clamando por ser ultrapassada!

      Eis o momento em que a Liberdade-concreta se torna possivel; pois exigida pela situação historica!

      Exemplo: no decurso da luta contra o feudalismo e pela Liberdade-abstracta, a burguesia reivindicou e estabeleceu um certo numero de liberdades concretas que, para o individuo social, constituiam poderes-reais: liberdade de pensamento e de critica, liberdade de expressão, livre disposição-de-si, voto livre, etc.

      Ora, que podemos verificar?...

      Vemos que, na sua luta contra o Povo e contra os Trabalhadores ( embora, hoje, mantendo a liberdade-abstracta e individualista, que se tornou o mito da burguesia dominante ) ela tende a recusar e a destruir estas liberdades ou, ainda, a utiliza-las como simples instrumento ( por exemplo: na << liberdade-do-ensino >>, onde ela se apodera ideologicamente das crianças do Povo ); mas tambem, sob o pretexto de << liberdade de expressão >>, facilitando aos ideologos reaccionarios a propagação das suas << teses >>.

      Não estara aqui o indicativo que as liberdades estabelecidas pela burguesia se viram contra ela, no momento actual da Historia? 

 

( a continuar na Quarta-feira, dia 11 de Julho de 2012, em " CAPITULO IV - 2° " ).

 

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