27
Fev 13
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Chapitre N°19 - B /// Capitulo N°19 - B

      Dans l'acte de production, le travailleur consomme par son travail des moyens de production afin de les convertir en produits d'une valeur supérieure à celle du capital avancé. Voilà sa consommation productive, qui est en même temps consommation de sa force par le capitaliste auquel elle appartient. Mais l'argent donné pour l'achat de cette force est dépensé par le travailleur en moyens de subsistance, et c'est ce qui forme sa consommation individuelle.

      No acto da produção, o trabalhador consome ( com o seu trabalho ) meios de produção com a finalidade de os converter em produtos com valor superior ao do capital avançado. Este é o seu consumo produtivo, assim como ( ao mesmo tempo ) o consumo da sua força pelo capitalista -- ao qual ela pertence. Porem, o dinheiro entregue pela compra desta força é gasto, pelo trabalhador, nos seus meios de subsistencia -- eis aquilo onde se resume o seu consumo individual.

      La consommation productive et la consommation individuelle du travailleur sont donc parfaitement distinctes. Dans la première, il agit comme force motrice du capital et appartient au capitaliste; dans la seconde, il appartient à lui-même et accomplit des fonctions vitales en dehors du procès de production. Le résultat de l'une, c'est la vie du capital; le résultat de l'autre, c'est la vie de l'ouvrier lui-même.

      O consumo produtivo e o consumo individual ( do trabalhador ) são, portanto, perfeitamente distintos. No primeiro, ele esta actuando enquanto força motriz do capital, pertencente ao capitalista; no segundo, pertence a ele proprio ( trabalhador ) e desempenha o necessario para as suas funções vitais, fora do processo da produção. Resulta que a primeira é a vida do capital; enquanto, a outra é a vida do proprio trabalhador.

      Dans les chapitres sur << la journée de travail >> et << la grande industrie >>, des exemples, nous ont montré l'ouvrier obligé de faire de sa consommation individuelle un simple incident du procès de production. Alors les vivres qui entretiennent sa force jouent le même rôle que l'eau et le charbon donnés en pâture à la machine à vapeur. Ils ne lui servent qu'à produire, ou bien sa consommation individuelle se confond avec sa consommation productive.

      Nos capitulos sobre << a jorna de trabalho >> e << a grande industria >> varios exemplos mostram-nos ( tambem ) o operario forçado a fazer da sua consumação individual um incidente no processo da produção. Nestes casos, o viveres que bastariam às forças do trabalhador, desempenham um papel identico ao da àgua e do carvão com que se sustentam as maquinas a vapor. Não servem senão para produzir -- ou, então, o consumo individual ( do trabalhador ) confunde-se com o seu consumo produtivo.

      Nénmoins, les faits changent d'aspect si l'on envisage non le capitaliste et l'ouvrier individuels, mais la classe capitaliste et la classe ouvrière; non des actes de production isolés, mais la production capitaliste dans l'ensemble, dans sa rénovation continuelle et dans sa portée sociale.

      Contudo, estes factores mudam de aspecto logo que deixemos de ter em conta o capitalista e o trabalhador individualmente, para considerarmos a classe-capitalista e e classe-trabalhadora; logo que deixemos de analisar a produção capitalista isolada, para atentarmos no conjunto da produção capitalista, na sua renovação continua e nas suas consequencias sobre a sociedade.

      En convertissant en force de travail une partie de son capital, le capitaliste pourvoit au maintien et à la mise en valeur de son capital entier. Mais ce n'est pas tout. Il fait d'une pierre deux coups. Il produit non seulement ce qu'il reçoit de l'ouvrier, mais encore de ce qu'il lui donne.

      Ao converter em força de trabalho uma parte do seu capital, o capitalista prevê a conservação e a valorisação do seu capital inteiro. Mas, ainda ha mais. Duma cajadada mata dois coelhos. Ele produz não apenas aquilo que recebe do trabalhador, mas tambem aquilo que lhe paga.

 

( à suivre au N°19 - C, le /// a continuar no N°19 - C, em : 7/3/2013 ).

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21
Fev 13
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Fev 13

Chapitre N°19 - A /// Capitulo N°19 - A

      Capitalisme et Liberté  ///  Capitalismo e Liberdade

 

 

 

      Au début de notre analyse, nous avons vu qu'il ne suffit pas de la production et de la circulation des marchandises pour faire naître le capital. Il fallait encore que l'homme aux écus trouvât sur le marché d'autres hommes, libres, mais forcés  de vendre volontairement leur force de travail, parce que d'autre chose à vendre ils n'avaient miette. La séparation entre produit et producteur, entre une catégorie de personnes nanties de toutes les choses qu'il faut au travail pour se réaliser et une autre catégorie de personnes dont tout l'avoir se bornait à leur propre force de travail, tel était le point de départ de la production capitaliste.

 

      No inicio da nossa analise, vimos que não basta a produção e a circulação das mercadorias para originar o capital. Ainda havia a necessidade que o "homem dos escudos " encontrasse um mercado de outros homens, livres, mas obrigados a venderem ( voluntariamente ) a sua força de trabalho, porque nada mais possuiam para venderem. A separação entre o produto e o produtor, entre uma categoria de pessoas repletas ( de tudo quanto é preciso para que o trabalho se realize ) e, uma outra categoria, de pessoas cuja todas as riquezas se limitam à propria força de trabalho -- este é o ponto de partida da produção capitalista.

 

      Mais ce qui fut d'abord point de départ devient ensuite, grâce à la simple reproduction, résultat constamment renouvelé. D'un côté, le procès de production ne cesse pas de transformer la richesse matérielle en capital et moyens de jouissance pour le capitaliste;  de l'autre, l'ouvrier en sort comme il y est entré -- source personnelle de richesse, dénuée de ses propres moyens de réalisation. Son travail, déjà aliéné, fait propriété du capitaliste et incorporé au capital, même avant que le procès commence, ne peut évidemment, durant le procès, se réaliser qu'en produits qui fuient de sa main. La production capitaliste, étant en même temps consommation de la force de travail par le capitaliste, transforme sans cesse le produit du salarié non seulement en marchandises, mais encore en capital, en valeur qui absorbe la force créatrice de la valeur, en moyen de production qui dominent le producteur, en moyens de subsistance qui achètent l'ouvrier lui-même. La seule continuité ou répétition périodique du procès de production capitaliste en reproduit et perpétue donc la base, le travailleur dans la qualité de salarié.

  

      Contudo, aquilo que foi o ponto de partida torna-se ( em seguida ), graças à simples reprodução, um resultado constante e renovavel. Por um lado, o processo de produção não para de transformar a riqueza material em capital e meios de prazer para o capitalista; do outro lado, o trabalhador sai como là entrou -- fonte pessoal das riquezas, desnudada dos seus proprios meios de ralização. O seu trabalho ( jà alienado ) torna-se propriedade do capitalista e é incorporado no capital, mesmo antes que o processo principie, não podendo ( evidentemente ) durante o processo, realizar-se senão em produtos que lhe escapam da mão. A produção capitalista ( sendo simultaneamente consumo da força de trabalho, para o capitalista ), transforma sem parar o produto do salariado não apenas em mercadorias, mas ainda em capital, em valor que absorve a força criadora do valor, em meio de produção que domina os produtores, em meios de subsistencia que compram o proprio trabalhador. A unica continuidade ou repetição periodica do prcesso de produção capitalista reproduz e perpectua ( assim ) a base, o trabalhador na penivel qualidade de assalariado.

 

 

( à suivre au N°19 - B, le: /// a continuar no N°19 - B, em : 28/2/2013 ).

 

 

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14
Fev 13
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Fev 13

Chapitre N°18 - B /// Capitulo N°18 - B

      Si l'anarchie dans la division sociale et le despotisme dans la division manufacturière du travail caractérisent la société bourgeoise, des sociétés plus anciennes, où la séparation des métiers s'est développée spontanément, puis s'est cristallisée et enfin a été sanctionnée légalement, nous offrent par contre l'image d'une organisation sociale du travail régulière et autoritaire, tandis que la division manufactière y est complètement exclue, ou ne se présente que sur une échelle minime, ou ne se développe que sporadiquement et accidentellement.

      Se a anarquia na divisão social e o despotismo na divisão manufactora do trabalho caracterizam a sociedade burguesa, as sociedades mais antigas, onde a separação dos oficios se desenvolveu expontaneamente, para se cristalisar e, por fim, acabar condenada ( legalmente ), em contrapartida elas oferecem-nos a imagem duma organisação social do trabalho regular e autoritaria, enquanto que tal esta completamente excluido na divisão manufactora, ou apresenta-se numa escala minima ou, ainda, não se desenvolve senão esporadica e acidentalmente.

      Les lois des corporations du Moyen âge empêchaient méthodiquement la transformation du Maître en capitaliste, en limitant par des édits rigoureux le nombre maximum de compagnons, et en lui interdisant encore l'emploi de compagnons dans tout genre de métier autre que le sien. La corporation se gardait également avec un zèle jaloux contre tout empiètement du capital marchand, la seule forme libre du capital qui lui faisait vis-à-vis. Le marchand pouvait acheter toute sorte de marchandises, le travail excepté. Il n'était souffert qu'à titre de débitant de produits. Quand des circonstances extérieures nécessitaient une division du travail progressive, les corporations existantes se subdivisaient en sous-genres, ou bien il se formait des corporations nouvelles à côté des anciennes, sans que les métiers différents fussent réunis dans le même atelier. L'organisation corporative excluait donc la division manufactière du travail, bien qu'elle en développât les conditions d'existence en isolant et perfectionnant les métiers. En général le travailleur et ses moyens de production restent soudés ensemble comme l'escargot et sa coquille. Ainsi la base première de la manufacture, c'est-à-dire la forme << capital >> des moyens de production, faisait défaut.

      As leis das corporações da Idade-Media impediam ( metodicamente ) a transformação do " Amo " ( patrão ) em capitalista ao limitarem ( por éditos rigorosos ) o numero maximo dos trabalhadores e proibindo, ainda, que estes fossem empregues noutras tarefas diferentes do oficio do " Amo ". A corporação vigiava tambem ( escrupulosamente ) sobre toda a forma abusiva do capital mercantil, que era a unica probabilidade onde o mercador poderia enganar. O negociante podia comprar qualquer tipo de mercadorias, excepto o trabalho. Ele não possuia outra licença senão na qualidade de negociante de produtos. Sempre que as divisões do trabalho careciam duma forma mais progressiva as corporações existentes sub-dividiam-se, ou criavam novas corporações ( junto às antigas ), na condição que oficios diferentes não se encontrassem reunidos no mesmo local de trabalho. Portanto, a organização corporativa excluia a organização manufactorial do trabalho -- embora desenvolvesse as condições de existencia, ao isolar e aperfeiçoar os oficios. Regra geral, os trabalhadores e os seus proprios meios de produção ficavam unidos como um caracol à sua concha. Desta forma, a base inicial da manufactura ( seja: a forma << capital >> dos meios de produção ) não existia.

      Tandis que la division social du travail, avec ou sans échanges de marchandise, appartient aux formations économiques des sociétés les plus diverses, la division manufacturière est une création spéciale du monde de production capitaliste.

      Enquanto que a divisão social do trabalho ( com ou sem troca de mercadorias ) pertence às formações economicas das mais diversas sociedades, a divisão manufacturial é uma invenção especialmente tipica do mundo da produção capitalista.

( à suivre: " Capitalisme et Liberté ", au N°19 - A, le: /// a continuar em: " Capitalismo e Liberdade ", N°19 -A, em : 21/2/2013).

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Fev 13
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Fev 13

Chapitre N°18 - A /// Capitulo N°18 - A

         DIVISION DU TRAVAIL ET LIBERTE ( " Kapital ", t.1, chap.XII ) /// DIVISÃO DO TRABALHO E LIBERDADE

 

 

      La division manufacturière du travail suppose l'autorité absolue du capitaliste sur les hommes transformés en simples membres d'un mécanisme qui lui appartient.

      A divisão manual do trabalho implica a absoluta autoriedade do capitalista sobre os homens transformados em insignificantes membros dum mecanismo, que lhe pertence.

      La division sociale du travail met en face les uns aux autres des producteurs indépendants qui ne reconnaissent en fait d'autorité que celle de la concurrence, d'autre force que la pression exercée par leurs intérêts réciproques, de même que dans le règne animal la guerre de tous contre tous, bellum omnium contra omnes, entretient plus ou moins les conditions d'existence de toutes les espèces.

      A divisão social do trabalho coloca os productores independentes face a face; quando estes, efectivamente, não reconhecem outra autoriedade para là da concorrencia, outra força senão a pressão exercida pelos seus interesses reciprocos -- tal como, no reino animal, a guerra de todos contra todos ( bellum omnium contra omnes ) mantem ( mais ou menos ) as condições de equilibrio de todas as especies.

      Et cette Conscience bourgeoise qui exalte la division manufacturière du travail, la condamnation à perpétuité du travailleur à une opération de détail et sa subordination passive au capitaliste, pousse des hauts cris et se pâme quand on parle de contrôle, de réglementation sociale du procès de production! Elle dénonce toute tentative de ce genre comme une attaque contre les droits de la propriété, de la Liberté, du Génie du capitaliste. << Voulez-vous transformer la société en une fabrique? >>, glapissent alors ces enthousiastes apologistes du système de fabrique. Le régime des fabriques n'est bon que pour les prolétaires!...

       Cà temos esta Consciencia-burguesa exaltando a divisão manual do trabalho, condenando o trabalhador perpectuamente ( numa operação detalhada ) à subordinação passiva ao capitalista; esta burguesia que grita alto e se enerva, sempre que outrem fala em controlar, em regular o processo de produção de maneira social! Então, ela precipita-se a denunciar qualquer tentativa ( deste genero ) como ataques aos direitos da propriedade, da Liberdade, do genialismo capitalista. << Quereis transformar a sociedade numa fabrica ? >>, urlam estes entusiastas apologistas do sistema-de-fabrica. O regimen das fabricas não é bom senão para os proletarios!...

( à suivre au N°18 - B, le /// a continuar no N°18 - B, em : 14/2/2013 ).

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