28
Mar 13
28
Mar 13

Chapitre /// Capitulo N° 20 - A

        de " Sainte Famille " /// " Santa Familia " -- tome ( tomo ) II, pag 226 )

 

 

 

 

      Dans un sen exact et prosaïque, les membres de la société bourgeoise ne sont pas des atomes. La propriété caractéristique de l'atome, c'est de ne point avoir de propriété et par conséquent de relation  déterminée par nécessité naturelle avec d'autres êtres hors de lui. L'atome n'a pas de besoins, il se suffit à lui-même; le monde hors de lui est le vide absolu, c'est-à-dire qu'il n'a pas de contenu, de sens, de signification, justement  parce que l'atome contient en lui-même toute plénitude. L'individu égoïste de la société bourgeoise, dans sa représentation abstraite, dans son abstraction morte, se gonfle et se mue en atome, c'est-à-dire en un être sans relations, qui se suffit à soi-même, sans besoins, absolument parfait, bienheureux. La réalité sensible, qui n'est pas bienheureuse, ne tient pas compte de son imagination, tous ses sens le contraignent à croire au sens du monde et des individus extérieurs à lui, et son propre estomac profane lui rappelle tous les jours que le monde extérieur n'est pas vide, mais l'unique source de réplétion.

 

      Num sentido exacto e prosaico, os membros da sociedade burguesa não são atomos. A propriedade caracteristica do atomo é a de não ter propriedade alguma e, consequentemente, uma relação determinada pela necessidade natural com os outros seres do seu exterior. O atomo não tem necessidades: é auto-suficiente; fora dele, o mundo é o vasio absoluto -- seja, não possui conteudo, senso, significado porque o atomo contem nele proprio toda a sua plenitude. O individuo egoista, da sociedade burguesa, na sua representação abstracta, na sua abstracção morta, incha-se e reveste-se em atomo; seja, num ser sem relações que se basta a ele mesmo, sem necessidades, absolutamente perfeito, feliz. A realidade sensivel, que não é feliz, não toma em consideração esta sua imaginação -- todos os sentidos obrigando-o  a realizar o sentido do mundo e dos outros individuos ( exteriores a ele proprio ) e, mesmo o seu proprio estomago profano lembra-lhe, todos os dias, que o mundo exterior não é um vasio e, sim, a unica fonte de repleção.

 

 

( à suivre au N°20 - B, le ... //// a continuar no N° 20 - B, em 4/4/2013 ).

publicado por filosofia-xauteriana às 21:24 | comentar | favorito
21
Mar 13
21
Mar 13

Capitulo /// Chapitre N°19 - E

( de " Kapital ", t. I; pag. 23 ) PARTE FINAL.

 

 

      Il n'y a pas longtemps que la classe capitaliste employait encore la contrainte légale pour faire valoir son droit de propriété sur le travail libre. C'est ainsi que jusqu'en 1815 il était défendu, sous peine de graves sanctions, aux ouvriers à la machine d'émigrer d'Angleterre.

 

      Não foi assim ha muito tempo ainda que a classe capitalista usava a força da lei para fazer prevalecer o seu direito de propriedade sobre o trabalhador livre. Nesta ordem de ideia, até 1815, era proibido, sob pena de graves punições, que os operarios trabalhando com as maquinas emigrassem de Inglaterra.

 

 

      La reproduction de la Classe Ouvrière implique l'accumulation de son habilité, transmise d'une génération à l'autre. Que cette habilité figure dans l'inventaire du capitaliste, qu'il ne voie dans l'existence des ouvriers qu'une manière d'être de son capital variable, c'est chose certaine, et qu'il ne se gêne pas d'avouer publiquement dès qu'une crise le menace de la perte de cette propriété précieuse.

 

 

      Reproduzir a Classe Operaria comprende que esta acumula habilidade, transmitindo-se duma geração às seguintes. Esta habilidade figura no inventario do capitalista -- que não vê na existencia dos trabalhadores senão um modo de ser do seu capital-variavel, isto é absolutamente correcto; assim como é tambem verdade que ele não se envergonha, ao lamentar-se publicamente, logo que uma crise possa adivinhar um risco de perca desta preciosa propriedade.

 

 

      Le procès de production capitaliste reproduit donc de lui-même la séparation entre travailleur et conditions de travail. Il reproduit et éternise par cela même les conditions qui forcent l'ouvrier à se vendre pour vivre, et mettent le capitaliste en état de l'acheter pour s'enrichir.  Ce n'est plus le hasard qui les place en face l'un de l'autre sur le marché comme vendeur et acheteur. C'est le double moulinet du procès lui-même qui rejette toujours le premier sur le marché comme vendeur de sa force de travail et transforme toujours son produit en moyen d'achat pour le second. Le travailleur appartient en fait à la classe capitaliste, avant de se vendre à un capitaliste individuel. Sa servitude économique est impliquée et en même temps dissimulée par le renouvellement périodique de cet acte de vente, par la fiction du libre contrat, par le changement des maîtres individuals et par les oscillations des prix du marché du travail.

 

 

      Portanto, é o processo de produção capitalista que, dele mesmo, reproduz a separação entre o trabalhador e as condições de trabalho. Em si mesmo reproduz e eternisa as condições que forçam o trabalhador a vender-se ( para poder subsistir ), colocando o capitalista em condições de compra-lo, para se enriquecer. Não é o acaso que os coloca um em face do outro, sobre o mercado, nos papeis de vendedor e de comprador. Tal é devido ao proprio sistema de eixo-sem-fim que, atirando sempre o primeiro ( para o mercado ) na qualidade de vendedor da sua força-de-trabalho, transforma-o em produto cobiçado para o segundo, que o compra na qualidade dum meio. O Trabalhador pertence à classe capitalista, jà antes de se vender ao capitalista individual!!! Esta sua servidão economica esta implicita e, ao mesmo tempo, dissimulada pela renovação periodica do acto de venda, pela ficção do contrato-livre, pela mudança dos patrões ( donos !!! ) individuais e, ainda, pelas oscilações de preçodo mercado do trabalho.

 

 

      Le procès de production capitaliste dans sa continuité ou comme reproduction ne produit donc pas seulement des marchandises, ou une plus-value; il produit et éternise le rapport social entre capitaliste et salarié.

 

 

      O processo de produção capitalista, tanto na sua continuidade como na sua reprodução, portanto, não produz apenas mercadorias e mais-valias; produz e eternisa a relação social entre o capitalista e o assalariado.   

 

 

(à suivre "Travail salarié et Capital " au N°20 - A, le...///a seguir " Trabalho assalariado e Capital " no N°20 - A, em 28/3/2013 ).

 

 

Lisez aussi /// Leiam tambem :

1) http://filosofiaxauteriana.wordpress.com

2) www.polemicando.net    ou    http://polemicando.over-blog.com  

 

observation///nota: à cause d'une panne de conexion à internet, le N°18 - E, sera publié le 27/3/2013 /// por causa duma avaria na conexão à internet, o N°18 - E, sera publicado em 27/3/2013.

 

Merci de votre attention /// Gratos pela vossa atenção.

publicado por filosofia-xauteriana às 18:14 | comentar | favorito
14
Mar 13
14
Mar 13

Chapitre N° 19 - D //// Capitulo N°19 - D

      L'économiste politique ( l'idéologue du capital ) ne considère comme productive que la partie de la consommation individuelle qu'il faut à la classe ouvrière pour se perpétuer et s'accroître, et sans laquelle le capital ne trouverait pas de force de travail à consommer ou n'en trouverai pas assez.

     O economista politico ( o ideologo do capital ) não considera como produtiva senão a parcela de consumo individual que é necessaria à Classe Trabalhadora para perpectuar-se e crescer, sem a qual o capital não encontraria a força-do-trabalho para consumir -- ou não a encontraria em quantidade suficiente.

     Tout ce que le travailleur peut dépenser par-dessus le marché pour sa jouissance, soit matérielle, soit intellectuelle, est consommation improductive.

     Tudo quanto o Trabalhador possa despender em seu proveito proprio ( material como intelectual ) é consumo improdutivo.

     Si l'accumulation du capital occasionne une hausse de salaires qui augmente les dépenses de l'ouvrier sans mettre le capitaliste à même de faire une plus large consommation de forces de travail, le capital additionnel est consommé improdutivement.

      Se a acumulação de capital origina um aumento de salarios, facto que leva a aumentar as despezas do Trabalhador, sem dar a oportunidade ( ao capitalista ) para poder alargar o consumo de forças-de-trabalho, o capital adicional é consumido improdutivamente.

     En effet, la consommation du travailleur est improductive  pour lui-même, car elle ne produit que l'individu nécessiteux; elle est productive pour le capitaliste et l'Etat, car elle produit la force créatrice de leur richesse.

     Com efeito, o consumo do trabalhador é improdutivo para ele mesmo, porque não produz senão as necessidades individuais; é produtivo para o capitalista e para o estado, visto que produz a força criadora das suas riquezas.

     Au point de vue social, la Classe ouvrière est donc, comme tout autre instrument de travail, une appartenance au capital, dont le procès de reproduction implique dans certaines limites même la consommation individuelle des travailleurs. En retirant sans cesse au travail son produit et le portant au pôle opposé, le capital, ce procès empêche ses instruments conscients de lui échapper. La consommation individuelle, qui les soutient et les reproduit, détruit en même temps leurs subsistances, et les force ainsi à reparaître constamment sur le marché.

     Do ponto de vista social, a Classe Trabalhadora apresenta-se, portanto, como qualquer outro instrumento de trabalho, pertencente ao capital -- no qual o processo de reprodução implica ( embora dentro de certos limites ) o consumo individual dos trabalhadores. Retirando o produto continuamente ao trabalho, e levando-o para os antipodas ( o capital ), este processo impede os seus elementos conscientes de escapar-lhe. O consumo individual, que os mantem e os reproduz, simultaneamente destroi as suas subsistencias, forçando-os ( deste modo, portanto!!! ) a reaparecerem no mercado do trabalho.

     Une chaîne retenait l'esclave romain; ce sont des fils invisibles qui rivent le salarié à son propriétaire, ce n'est pas le capitaliste individuel, mais la classe-capitaliste.

     O escravo romano era retido por uma corrente; hoje, são fios invisiveis que prendem o assalariado ao seu proprietario -- este proprietario nem é o capitalista individual, mas a classe-capitalista.

 

( à suivre au N°..., le /// a continuar no N°19 - E, em: 21/3/2013 ).

 

Lisez aussi /// Leiam tambem :

1) www.polemicando.net

2) http://filosofiaxauteriana.wordpress.com

publicado por filosofia-xauteriana às 10:38 | comentar | favorito
07
Mar 13
07
Mar 13

Chapitre N°19 - C /// Capitulo N°19 - C

      Le capital aliéné contre la force de travail est échangé par la classe ouvrière contre des subsistances dont la consommation ser à reproduire des muscles, nerfs, os, cerveaux, etc... des travailleurs existants et à en former de nouveaux.

     O capital alienado contra a força do trabalho é trocado, pela Classe Trabalhadora, contra subsistencias cujo consumo serve para refazer os musculos, os nervos, os ossos, os cerebros, etc... servem para revitalizarem os trabalhadores jà existentes e para criarem novos.

     Dans les limites du strict nécessaire, la consommation individuelle de la classe ouvrière se confond avec la transformation des subsistances qu'elle achète par la vente de sa force de travail en nouvelle force de travail, en nouvelle matière à exploiter par le capital. C'est la production et la reproduction de l'instrument le plus indispensable au capitaliste, le travailleur lui-même.

     Nos limites do estrictamente necessario, o consumo individual da Classe trabalhadora confunde-se com a transformação das substancias que ela compra ( pela venda da sua força de trabalho ) em nova força de trabalho: em nova materia a ser explorada pelo capital. Isto representa a produção e a reprodução do instrumento mais indispensavel aos capitalistas: o proprio trabalhador!!!

     La consommation individuelle de l'ouvrier, qu'elle ait lieu au dedans ou au dehors de l'atelier, forme donc un élément de la reproduction du capital, de même que le nettoyage des machines, qu'il ait lieu pendant le procès de travail ou dans les intervalles d'interruption du travail.

     O consumo individual do trabalhador ( quer se faça dentro ou fora do local de trabalho ) constitui, por conseguinte, um elemento de reprodução do capital -- tal como a limpeza das maquinas, seja ela feita durante as horas de trabalho ou nos intervalos de trabalho.

     Il est vrai que le travailleur fait sa consommation individuelle pour sa propre satisfaction et non pour celle du capitaliste. Mais les bêtes de somme aussi aiment à manger -- et qui en soit moins l'affaire du fermier? Le capitaliste n'a pas besoin d'y veiller; il peut s'en remettre hardiment aux instincts de conservation et de propagation du travailleur libre.

     Na verdade, o trabalhador consome pessoalmente para sua propria satisfação e não pelo agrado do capitalista. Mas, os animais de trabalho,tambem gostam de comer -- e não esse o interesse dos seus possuidores? Ora, o capitalista nem necessidade tem de se preocupar com a alimentação dos trabalhadores; basta-lhe confiar nos seus instintos de conservação e de continuidade do trabalhador não-escravisado.

( à suivre au ... le ///a continuar no N°19 - D, em: 14/3/2013 ).

Lisez aussi ///Leiam tambem:

1) http://filosofiaxauteriana.wordpress.com

2) www.polemicando.net   ou   http://polemicando.over-blog.com

Envoyez vos e-mails à /// Enviem os vossos e-mails para:

1) pablonodrade@sapo.pt

2) filosofia.xauteriana@hotmail.fr

3) josembrochaf@gmail.com

4) democracia-popular@numericable.fr

publicado por filosofia-xauteriana às 18:35 | comentar | favorito