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" A CONSCIENCIA, UMA PROPRIEDADE DO CEREBRO "
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A consciencia é um produto da actividade do cerebro humano, ligado ao complexo conjunto dos orgãos dos sentidos. Ela é, essencialmente, o reflexo do mundo exterior. Um processo que compreende multiplas formas da actividade psiquica dos homens: as sensações, as percepções, as representações, os conceitos, os sentimentos e a vontade. Sem um cerebro funcionando normalmente, a actividade normal da consciencia fica impossibilitada. Toda a perturbação do funcionamento cerebral, resultando duma doença ou do alcoolismo, gera a incapacidade de se pensar correctamente. Dormir é uma inibição parcial, temporaria, util à actividade do cortex cerebral -- o pensamento interrompe-se, a consciencia fica obscurecida.
Estas teses materialistas, por mais justas que sejam, não permitem concluir que o pensamento seja uma qualquer substancia segregada pelo cerebro -- como Karl Vogt ( materialista alemão, do seculo XIX ) definia, dizendo que o pensamento era uma especie de substancia particular que o cerebro segregaria, da mesma maneira que a saliva é produzida pelas glandulas salivares ou a bilis pelo figado. Tal foi uma optica grosseira sobre a real natureza do pensamento. A actividade psiquica, a consciencia, o pensamento são uma propriedade particular da materia, mas nunca uma substancia particular.
Resolvendo o problema fundamental da Filosofia, opomos a consciencia e a materia, o espirito e a natureza. A materia é tudo quanto existe independentemente da consciencia, fora dela. Eis porque aqueles que identificam a consciencia à materia cometem um erro grave. Lenine exprimiu-se assim: << Dizer que o pensamento é material é dar um passo em falso para uma confusão entre materialismo e idealismo >>. Efectivamente, se o pensamento não fosse senão materia concluir-se-ia que não existiria diferença entre a materia e o pensamento.
A opinião segundo a qual a consciencia seria uma substancia material é, frequentemente, utilizada pelos idealistas contra o Materialismo Marxista. Procuram, assim, negar facilmente o Materialismo Filosofico Marxista. E um velho truque: principiam por atribuir um absurdo, ao adversario e, em seguida jà podem critica-lo triunfalmente.
Na verdade, identificar a consciencia como materia é uma tese do materialismo vulgar e nunca do Materialismo Dialectico. A Filosofia Materialista Marxista sempre combateu este conceito. Nela é traçada uma linha separadora entre a consciencia ( que reflecte o mundo material ) e a propria materia.
Todavia, não se deve levar aos extremos a diferença entre a consciencia e a materia, até se chegar à ruptura radical. Esta roptura é caracteristica do paralelismo psico-fisico. Os partidarios de tal teoria afirmam que o pensamento, a consciencia, são processos que ocorrem paralelamente aos processos materiais do cerebro e de maneira perfeitamente idependente. A Ciencia desmente este ponto de vista!!! Ela demonstra que a vida psiquica dos homens não é senão um dos aspectos particulares da vida organica, uma função particular do cerebro.
O Materialismo Dialectico não admite a ruptura entre a consciencia e a materia -- o que faria retroceder-se para as velhas representações primitivas, onde os fenomenos da vida se explicavam pela acção duma alma especial que estaria colocada no corpo e o comandaria.
Para resolver o problema psicofisico, seja o problema das relações entre a actividade psiquica ( dos homens ) e o orgão fisico desta actividade ( o cerebro ), deve-se levar em conta tanto a diferença como a ligação entre estes dois termos. Não esquecer, sobretudo a diferença porque a identificação da consciencia e da materia leva para absurdos evidentes. Porem, nunca separar a consciencia do cerebro, porque ela é uma função do cerebro -- ou seja, por outras palavras, é a materia organizada dum modo particular!!!
( O nosso blog, em português, prosseguira Quarta-feira, dia 21 de Maio de 2014, com o texto : " OS ADVERSARIOS DO MATERIALISMO FILOSOFICO " )