Vejamos agora... N° 14
-- Suponhamos um ser que não seja objecto e que não tenha objecto... Ele apenas existiria e solitario. Efectivamente, desde que ha objectos fora de mim, desde que eu não existo so, eu sou um outro e sou uma outra realidade que o objecto fora de mim... Sou o seu objecto... Desde que eu tenha um objecto, este objecto tem-me a mim como objecto. Ora, um ser sem objecto é um ser irreal, imaterial, puramente ideal; seja: simplesmente imaginado, uma abstracção. Ser sensivel é o mesmo que dizer "ser real", ser um objecto sensivel e ter objectos sensiveis fora de si... é estar "sofrendo". O Homem, enqunto ser sensivel e objectivo é, portanto, um ser sofredor e, porque ele sente o seu sofrimento, um ser apaixonado. A paixão é a força substancial do homem perseguindo o seu objecto... ( karl Marx ).
Consequentemente, a tomada de consciencia humana não pode resumir-se num simples regresso a si -- numa << victoria sobre o objecto da consciencia >>. Colocar o objecto como alienação da consciencia e perca da Liberdade, é negar o movimento profundo da realização de si. Primeiramente, porque reduz o homem ai " Eu "; << quando o " Eu " não é senão o homem tomado no sentido abstracto >>; na verdade, << a consciencia de si é, nela propria tudo, sendo outro >>. Portanto, o movimento da sua realização exije uma << objectivação >> e uma << subjectivação >> simultaneas, inseparaveis uma da outra.
Para Hegel, o erro residiu na confusão da alienação e da objectivação -- um movimento mais material e, por sua vez, mais profundamente dialectico, que atravessa as formas da alienação.
Atravez destas formas, o Homem actuando cria pelo seu trabalho um mundo objectivo, de " produtos ", originando pela sua actividade uma " sociedade " de " individuos " livres.
( a continuar na proxima Sexta-feir, dia 13 de Janeiro de 2012, em " N° 15 " ).
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