Critica da Liberdade-abstracta N° 14 - b
Quando o capitalista examina os factos ( << livremente >>, mas na sua mentalidade e do seu ponto de vista capitalista ) pretende que comprou, ao trabalhador, o seu trabalho e que pagou este trabalho pelo seu justo valor. Desta maneira, o sistema implicaria uma troca-equiparavel: os trabalhadores recebendo, na forma de salario, o preço do trabalho ; os empresarios, os emprestadores-de-dinheiro recebendo, igualmente, na forma de renda-propria ( retorno ) a sua legitima parte do rendimento global. A priori haveria << livre >>-associação e << igualdade >> dos diversos elementos da produção: trabalho, capital, iniciativa do empresario.
Esta teoria esta na base da economia-politica burguesa, esta pretensa ciencia -- como propagandeia o jornalismo e a literatura do capitalismo.
Portanto, é ainda essencial compreender-se exactamente a analise marxista. Vimos, anteriormente e por varias vezes, como o << feiticismo >> ( atribui existencias independentes para abstracções e para produtos materiais humanos, fazendo misturas confusas, tal como entre mercadoria e dinheiro ) implica, para isto mesmo uma ilusão e uma mistificação, uma aparencia diferente da realidade, um << fenomeno >> que, à vez, contem o real, revela-o e dissimula-o.
Para compreender a natureza interna do capital é necessario proceder-se à passagem ( dialecticamente ) da aparencia para a realidade, << exactamente da mesma maneira que para o movimento-aparente dos corpos celestes, o qual não é distinguivel senão apos que o movimento-real, invisivel aos nossos sentidos, se torna conhecido >> ( " Kapital ", tomo I, pagina 264 ).
( a continuar na proxima Quarta-feira, dia 6 de Junho de 2012, em " N° 14 - C " ).
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