Critica da Liberdade-abstracta N° 14

      Pouco a pouco chegamos à raiz economico-social da tese segundo a qual  a Liberdade consiste na independencia da consciencia-de-si, na ausencia de condicionamento, na falta de ligação-determinada com a vida social.

      Considerado como consciencia-de-si independente, o individuo capitalista não esta privado de relações com o dinheiro -- e o capital. Pelo contrario: esta relação constitui-o enquanto << livre >> individuo capitalista, pertencente à classe burguesa. Mas ( porque o dinheiro é uma abstracção feiticista ), este laço com o dinheiro não parece uma determinante que marca-passo sobre a independencia e  a liberdade-interior da sua consciencia. Até faz parte!

      Quando imaginamos um homem perfeitamente livre, um artista, um diletante, nos estamos imaginando-o com algum dinheiro no bolso -- o que lhe permite correr-mundo e não ficar acorrentado a um lugar, a uma profissão. Esta imagem literaria, mil vezes explorada, implica o laço com o dinheiro, sem que a << beleza >> e a << pureza >> da consciencia-<<livre >> sofra qualquer descoloração!

      Em contrapartida, que representa para o não-capitalista a independencia da sua << livre >>-consciencia, separada de qualquer laço, mesmo com a abstracção-feiticista?

      O homem na comunidade faltava de independencia; a sua actividade dependia ( imediatamente ) das suas condições de vida, na comunidade; ele encontrava nela, ele reconhecia nela as suas proprias condições de vida. Determinada, acorrentada num sentido -- nesta determinação, para ele, havia uma contrapartida: a comunidade não o abandonava, salvo circunstancias excepcionais; o seu laço com a comunidade implicava o laço com as condições do seu trabalho-produtivo ( a terra, para o capmponês; os instrumentos para o artifice).

      A independencia da sua consciencia e a liberdade-individual ( que disfruta o não-capitalista, na sociedade capitalista ) implicam a sua << independencia >> real, material e os instrumentos de trabalho. Estes pertencem à propriedade-<< privada >> ( mesmo quando se trata de grandes meios-de-produção, de interesse social e nacional ) dos capitalistas; o trabalhador, este esta <<privado >> do laço imediato ( ou mediato) , directo ou juridico, com estes meios que, entretanto, lhe são indispensaveis para entrar na vida activa da  sociedade e tornar-se em algo diferente do que " uma livre-entidade ", votada a uma dasaparição rapida.

 

( a continuar na Sexta-feira, dia 1 de Junho de 2012, em " N° 14 - a " ).

 

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publicado por filosofia-xauteriana às 18:08 | comentar | favorito