CAPITULO IV - 1°
Entre a Liberdade-abstracta e a Liberdade-concreta ( real ) existe uma zona de transição.
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Para o materialismo-dialectico, esta transição não se apresenta de maneira incerta, tal como um simples momento confuso e de indecisão.
Claro que não ha uma fronteira absoluta, de descontinuidade brusca entre a liberdade-formal e a realização concreta da Liberdade.
Contudo, a transição determina-se de maneira precisa: é o momento-historico em que a Liberdade-abstracta se ataca a si propria, em que ela se opõe a ela mesma -- clamando por ser ultrapassada!
Eis o momento em que a Liberdade-concreta se torna possivel; pois exigida pela situação historica!
Exemplo: no decurso da luta contra o feudalismo e pela Liberdade-abstracta, a burguesia reivindicou e estabeleceu um certo numero de liberdades concretas que, para o individuo social, constituiam poderes-reais: liberdade de pensamento e de critica, liberdade de expressão, livre disposição-de-si, voto livre, etc.
Ora, que podemos verificar?...
Vemos que, na sua luta contra o Povo e contra os Trabalhadores ( embora, hoje, mantendo a liberdade-abstracta e individualista, que se tornou o mito da burguesia dominante ) ela tende a recusar e a destruir estas liberdades ou, ainda, a utiliza-las como simples instrumento ( por exemplo: na << liberdade-do-ensino >>, onde ela se apodera ideologicamente das crianças do Povo ); mas tambem, sob o pretexto de << liberdade de expressão >>, facilitando aos ideologos reaccionarios a propagação das suas << teses >>.
Não estara aqui o indicativo que as liberdades estabelecidas pela burguesia se viram contra ela, no momento actual da Historia?
( a continuar na Quarta-feira, dia 11 de Julho de 2012, em " CAPITULO IV - 2° " ).
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