Vejamos agora... N° 10
As formas limitadas do desenvolvimento ( reveladas alienações da plena Liberdade ), estas formas que o prosseguir do futuro deve ultrapassar, com Hegel não ficam definidas senão abstractamente, especulativamente, e em mero pensamento. Tanto a ultrapassagem como a negação, segundo Hegel, não aconteceriam senão pela ideia. Marx explica:
Hegel cometeu, aqui, um erro duplo. Se, por exemplo, considerou a riqueza, ou o Estado, enquanto seres alienados do ser humano, isto não acontece senão na sua forma ideal, sendo seres idealisados, abstracto -- portanto, simplesmente uma alienação do puro pensamento filosofico . Todo o movimento termina, logicamente, pelo saber-absoluto... >>.
Formas ultrapassadas idealmente, por uma negação abstracta, na realidade nem poderiam subsistir.
Riqueza, Estado, moralidade, religião, estas alienações dos homens, estes momentos que tiveram de atravessar para a liberdade ( na propria criação de si mesmos ), Hegel determinou-lhes o caracter alienado e opressivo; mas, ao seu teor especulativo, não chega a tocar. Longe mesmo, porque esta consacrando-os.
Todas estas étapes subsistem intactas, no saber-absoluto, pelo facto que ele as conhece e reconhece como tais!
Ora, na Historia-real, as coisas não acontecem exactamente como Hegel acreditou.
( prosseguiremos a dissecação na proxima Quarta-feira, dia 4 de Janeiro de 2012, em " N° 11 " ).
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